"Cheios de espanto e admiração, diziam: “Esses homens que estão falando não são todos galileus? Como é que nós os escutamos na nossa própria língua?" (Atos 2, 7-8)
O grande acontecimento do Espirito de Deus que desceu sobre os Apóstolos e sobre a Virgem, despertou uma grande admiração por partes daqueles que se encontravam em Jerusalém para a Festa da Colheita. Os discípulos começaram a falar numa linguagem compreensível a todos, judeus, gregos, cretences, arábes... todos ouviam e entendiam a linguagem que os Apóstolos falavam. Com o envio do Espirito Santo é inaugurado um novo tempo, o tempo da Igreja, que tem a missão de ser anunciadora de uma mensagem que liberta o homem das suas prisões. O Espirito de Deus desce e derrama os seus dons sobre todos. E a grande constatação que podemos tirar deste fato surpreendente é que, o maior dom do Espirito e o amor. O amor que vence tudo e que tira da marca do tempo aquilo que é passageiro e nos transporta para as Grandes coisas de Deus. O amor nos revela uma nova realidade, uma nova linguagem, um novo modo de ser e de agir diante do mundo. A admiração daqueles homens tem uma explicação: todo homem tem a centelha do amor divino em seu coração, e quando esse amor se apresenta a ele é mais que natural render-se, adequando a própria vida diante deste amor.
Se a nova linguagem da Igreja é o amor, por que não levamos á cabo este fascinante desafio de nos amarmos? Por que em vez de separar, não unimos? Por que em vez da vaidade não nos rendemos a simplicidade que desarma ate mesmo os corações arrogantes?
Só teremos essa capacidade de nos abrir se mendigarmos o amor do Espirito. É pedindo que se recebe, é mendigando que se tem o necessário. O Espírito nos foi dado, o amor foi derramado, a vida venceu a morte.
Que este mesmo Espirito nos conduza e nos mostre o verdadeiro caminho para sermos propagadores desta nova linguagem que dá sentido a vida: o amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário