segunda-feira, 28 de junho de 2010




Ser cristão no hoje da história
Vivemos nossa vocação, rodeados pelo campo de batalha que nos apresenta a sociedade moderna, uma sociedade secularizada, carente da identidade cristã na sua completude.
A sociedade foge de Deus; a Igreja procura aqueles que fogem; Deus se inclina em misericórdia e não desiste de procurar a ovelha perdida. Se grande é o pecado humano, bem maior é a misericórdia divina que vem em auxilio dos pecadores. Vence a vida, morre a morte. Nasce a dinâmica do amor que atinge fortemente o povo. Recria a aliança perdida. Encontra, indica, caminha. Em vez da indiferença do homem moderno, o Absoluto perpassa a história humana e deixa seu rastro de bondade no coração do crente. Fulgura a certeza do combate no campo da vida. Resplandece a certeza da vitória, em Cristo, das ideologias, sistemas injustos, filosofias afastadas da verdade. A derrota para quem a merece é certa. O mundo incrédulo constata o absurdo: o simplório Nazareno venceu. Alguém pergunta como? E segue-se a resposta: venceu porque ama e quem ama verdadeiramente sempre vence. E o sinal? São as testemunhas. Os homens e mulheres, que no hoje da historia confirmam: Ele venceu! Ele vence! Ele sempre vencerá! Não esta morto aquEle que por amor entregou sua vida, e como nos diz Bento XVI “Naquele "tempo-além-do-tempo" Jesus Cristo "desceu à mansão dos mortos". O que significa esta expressão? Quer dizer que Deus, feito homem, chegou até ao ponto de entrar na solidão extrema e absoluta do homem, onde não chega raio de amor algum, onde reina o abandono total sem palavra de conforto alguma: "mansão dos mortos". Jesus Cristo, permanecendo na morte, ultrapassou a porta desta solidão última para nos guiar também a nós a ultrapassá-la com Ele. Todos nós sentimos algumas vezes uma sensação assustadora de abandono, e o que mais nos assusta é precisamente isto, como quando somos crianças, temos medo de estar sozinhos no escuro e só a presença de uma pessoa que nos ama pode dar-nos segurança. Aconteceu exatamente isto no Sábado Santo: no reino da morte ressoou a voz de Deus.” Sim, verdadeiramente aconteceu esta maravilhosa realidade: Cristo fez com que a voz de Deus ressoasse nos abismos da morte, local da ausência de luz e de amor, dissipando as trevas que nos envolvia e nos ajudando com sua mão poderosa a passarmos por este caminho inevitável ao homem, que é a morte.
Acreditas nisto? Então és feliz. Estais apto para lutar. Estais apto para vencer.

Sem. Rafael Viana Lima
II ano de Filosofia do Seminário Arquidiocesano de São José - RJ

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