Ao criar este blog, gostaria de propor reflexões, mensagens e apontamentos sobre aspectos relevantes a fé e tudo aquilo que ensina a Santa Igreja, através de seu magistério, da Liturgia e dos demais meios que nos são propostos pela mesma Igreja. Espero que todos gostem deste novo blog. Grande abraço a todos, sejam bem vindos!
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Mês de orações pelas vocações ( Dom Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro)
Iniciamos o mês de agosto, que na Igreja no Brasil é temático, propício para refletirmos acerca das vocações específicas em toda a riqueza da vida da Igreja Católica, mãe e mestra, que nos conduz na via deste mundo rumo à cidade do Céu.
A Constituição Dogmática “Lumen Gentium” do Concílio Ecumênico Vaticano II recorda em seu número 5 o chamado, portanto, a vocação universal à santidade; pela graça do Batismo, quando somos incorporados na Igreja, recebemos as virtudes teologais da fé, esperança e caridade e somos constituídos o novo Povo de Deus, ou seja, Povo de Sacerdotes, Profetas e Reis. Na Igreja existem duas condições pessoais dentro das quais pode-se responder à vocação: a condição clerical e a condição laical, dentro dessas duas condições. Pode-se, também, viver o estado religioso, que é o daqueles que professam os Conselhos Evangélicos de pobreza, castidade e obediência.
O Documento de Aparecida, fruto da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, trata de modo específico das duas condições, especificando o modo de viver a vocação de Discipulos-Missionários em cada um dos três graus do sacramento da ordem, na condição laical e no estado religioso.
O Documento de Aparecida possui uma página de ouro no capítulo quinto dedicado à comunhão, onde afirma que na Igreja todos somos discípulos missionários. Tanto o Bispo como o presbítero, o diácono, o leigo, o consagrado e a consagrada, todos vamos no caminho do seguimento de Jesus Cristo.
Então, qual é a diferença? Aparecida o diz no subtítulo 5.3: “Discípulos missionários com vocações específicas”. Assim, o Bispo é missionário de Jesus, Sumo sacerdote; o presbítero, de Jesus Bom Pastor; o diácono de Jesus Servidor; os leigos e leigas, de Jesus Luz do Mundo; e os consagrados e consagradas, de Jesus Testemunho do Pai. Todos somos discípulos-missionários!
Neste primeiro domingo, a tradição nos encaminha para refletir e rezar pelas vocações sacerdotais. O Papa Bento XVI assim se expressou com relação aos presbíteros: “Os primeiros promotores do discipulado e da missão são aqueles que foram chamados “para estar com Jesus e ser enviados a pregar” (cf. Mc 3,14), ou seja, os sacerdotes. Eles devem receber de modo preferencial a atenção e o cuidado paterno dos seus Bispos, pois são os primeiros agentes de uma autêntica renovação da vida cristã no povo de Deus. A eles quero dirigir uma palavra de afeto paterno, desejando “que o Senhor seja parte da sua herança e do seu cálice” (cf. Sl 16,5). Se o sacerdote fizer de Deus o fundamento e o centro de sua vida, então experimentará a alegria e a fecundidade da sua vocação. O sacerdote deve ser antes de tudo um “homem de Deus” (1Tm 6,11); um homem que conhece a Deus “em primeira mão”, que cultiva uma profunda amizade pessoal com Jesus, que compartilha os “sentimentos de Jesus” (cf. Fl 2,5). Somente assim o sacerdote será capaz de levar Deus – o Deus encarnado em Jesus Cristo – aos homens e de ser representante do seu amor.
A comemoração, neste domingo, como dia de orações pelas vocações sacerdotais tem como raiz a proximidade da festa de São João Maria Vianney, o Cura d’Ars, celebrada no próximo dia 4 de agosto. Desde já, o meu abraço fraterno a todos os queridos Padres que levam com entusiasmo e coragem a bela e importante missão de servir ao povo de Deus com o sacrifício da própria vida, dedicando-se com carinho às pessoas nas suas mais diversas situações.
Devido à proximidade também do Dia dos Diáconos (10 de agosto – Dia de São Lourenço), também em alguns locais já se tem o costume de rezar também pela vocação diaconal, em especial contemplando a beleza e importância do Diaconato Permanente, que é uma realidade concreta em nossa Igreja. Através desses servidores, a Igreja está presente de maneira especial junto aos necessitados e excluídos, transmitindo o carinho de mãe. A Eles também as nossas orações.
Desejo que em todas as nossas Paróquias e Capelas, neste mês, se façam as orações pelas vocações e, em especial neste primeiro domingo, que o nosso povo valorize a beleza desse dom da vocação presbiteral e diaconal.
Durante este tempo iremos refletir e rezar por todas as vocações! Na riqueza de vocações na Igreja, leigos, Diáconos, Presbíteros, Bispos, consagrados, quero ressaltar que a maior, primeira e mais sublime vocação é à santidade. Sem a santidade de vida e de estado nossa pregação é nula. Refeitos por um compromisso de anunciar o Evangelho, na vida própria de cada um, busquemos sempre novas formas para viver e dar testemunho da santidade, iluminando nossa vida com a nossa palavra e o nosso exemplo.
A missão do sacerdote (Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales)
A festa litúrgica do Cura d’Ars, no mês de agosto, oferece oportunidade para maior e melhor compreensão do Sacerdócio católico e seu papel na sociedade. Problemas e contradições o acompanham: elogiado por uns, incompreendido e vilipendiado por outros.
João Batista Maria Vianey era um medíocre, segundo os critérios humanos. Somente sua piedade ardente conseguiria vencer as dificuldades para o acesso às Ordens Sacras.
Ars, um lugar desconhecido e, ainda hoje, pequeno aglomerado de casas. No entanto, a santidade de um pároco transformou-o em extraordinário centro de irradiação apostólica por toda a França e conhecido no mundo inteiro.
O padre, se autêntico, é um homem profundamente marcado pela Fé. Participa das limitações e anseios da humanidade e, ao mesmo tempo, é alguém invadido pelo mistério de Deus.
Esta opção fundamental de sua vida transborda em suas ações e caracteriza as atividades no plano temporal.
No Decreto “Presbyterorum Ordinis” (nº 2), o Concílio Vaticano II nos ensina: “O fim a que visam os presbíteros por seu ministério e vida é ocupar-se da glória de Deus Pai em Cristo. Consiste esta glória em aceitarem os homens a obra de Deus levada à perfeição por Cristo”.
Emerge desse quadro a complexidade de uma missão. Profundamente identificado com o meio de onde é escolhido, com uma destinação da mais alta relevância, não perde as características de fraqueza de seus irmãos. A eles deve trazer o remédio salvífico e, antes, utilizá-lo para si, a fim, de melhor capacitado, transmiti-lo aos outros.
O sacerdote é pedra de tropeço para quem não o vê em sua dimensão global, divina e humana. A incompreensão o acompanha e assume posições contraditórias no julgamento de muitos. Busca fazer nascer, ressurgir ou aumentar no coração do Povo de Deus o amor de Cristo, esforçando-se por construir uma comunidade viva. Para isso tem por critério a caridade pastoral.
Pela limitação própria e dos outros, esse pastoreio é muitas vezes mal interpretado, eivado de falhas, cuja correção é lenta, gradual e jamais completada.
Assim, entre o sacerdote e os fiéis, é imperioso haver íntima colaboração e ajuda. O cristão que apoia este ministério sagrado fortifica a própria ação do Redentor. Este age pelos séculos na concretização de sua obra, particularmente através dos ministros sagrados, cujo caráter sacerdotal não faz desaparecer as limitações terrenas.
Assim, a escassez de padres, o problema do chamamento de jovens à vida consagrada, é assunto que interessa a cada um de nós. A pastoral vocacional obriga a todos.
Seu fundamento é a prece, segundo a orientação do Mestre. Ao ver a messe grande e serem poucos os operários, ele diz: “Rogai ao Senhor da messe que envie operários à sua messe” (Mt 9,38). Às paróquias, às famílias, às escolas, aos indivíduos é destinada esta ordem.
Para facilitar as atividades vocacionais, “a pastoral vocacional deve empenhar a comunidade cristã em todos os seus âmbitos. Obviamente, no referido trabalho pastoral capilar está incluída também a obra de sensibilização das famílias, muitas vezes indiferentes se não mesmo contrárias à hipótese da vocação sacerdotal. Que elas se abram com generosidade ao dom da vida e eduquem os filhos para serem disponíveis à vontade de Deus!” (Papa Bento XVI, “Sacramentum Caritatis”, nº 25)
O êxito de todo este esforço, autenticamente evangélico, pede a cada membro da comunidade eclesial que assuma sua responsabilidade. Parte especial cabe aos próprios sacerdotes. O exemplo de uma existência inteiramente consagrada ao serviço do Senhor, no desprendimento dos bens materiais, na obediência - uma face oposta às facilidades do mundo - eis uma prova válida para a mocidade idealista aceitar o chamado do Mestre. O padre feliz vale por uma campanha!
Ele é o homem do Sagrado. Esse mistério do Eterno, que carrega consigo, deve transparecer. Aparentemente as pessoas podem elogiar o ministro profano. Mas somente aquele que faz Cristo viver em seu modo de falar, de agir, de vestir, consegue levar a Deus os que vivem d’Ele afastados; mais do que os métodos de trabalho, dos predicados humanos vale a santidade de vida, extraordinário meio para transmissão da graça.
O Cura d’Ars é um exemplo vivo ainda em nossos dias. Ele nos questiona, aos padres de modo particular, mas também a toda a comunidade eclesial. Proclama alto o valor do ministro do Senhor para toda a sociedade.
Na verdade, continuam válidas as palavras do Mestre: o seu seguidor é o sal da terra e a luz do mundo. Interessa a todos conservar essa luz acesa, pois há trevas e insegurança. No ambiente que se decompõe, em meio à corrupção generalizada, goza de grande importância alguém que, por sua palavra e, melhor ainda pelo seu exemplo, seja elemento que conserva os fundamentos da moral.
O amor de Deus para conosco (Dom Eusébio Cardeal Sheidt, Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro
Esta semana, reflito sobre o tema fundamental da revelação divina, cuja profundidade jamais atingiremos plenamente: o amor de Deus para conosco. São João Evangelista foi o Apóstolo que melhor compreendeu esse amor. Conheceu a interioridade de Jesus, tendo-o acompanhado durante três anos, conviveu com Nossa Senhora, depois da morte do Filho e participou do nascimento das comunidades primitivas.
Assim, é dele a melhor definição de Deus: “Deus é amor” (1Jo 4,8.16). Amor no sentido mais perfeito do termo, pois tal é a essência de Deus. Ele não tem amor, Ele é Amor, por constituição do seu próprio ser. Nesse mistério divino mais íntimo, indescritível para nós, o Pai e o Filho se doam mutuamente, na eterna doação que é o próprio Espírito Santo. Sendo o amor auto-difusivo, quis derramar-se do seio da Trindade sobre a humanidade. E o Amor veio até nós, na pessoa do Verbo eterno encarnado: Jesus Cristo. Este é o grande mistério que nos foi revelado como causa da nossa alegria e base da nossa fé.
A doação divina para conosco se manifesta, em primeiro lugar, na grandiosidade da criação. Tudo decorre do modo de ser de Deus que, num ato de amor gratuito, criou todos os seres visíveis e os entregou ao homem. A nós, ainda, Ele presenteou com o que há de mais precioso: a participação na sua própria vida divina. Incomensuravelmente acima de nossa limitação como criaturas humanas, Deus nos concedeu a graça sobrenatural de sermos seus filhos.
Para nós, seu amor se desdobra em ato afetuoso de Pai, que nos faz filhos no próprio Filho, nosso Irmão. A este somos configurados pelo Espírito de amor, que impregna em nós a sua imagem mais perfeita. O próprio Jesus afirmou: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada” (Jo 14,23). Quanto mais nos abrimos ao amor, mais traduzimos essa linda imagem em nós, pela pureza, pela alegria, enfim, por tudo aquilo que temos de mais nobre e sublime.
Portanto, com sua vida, Deus nos dá “graça sobre graça”. Esta se mostra, por exemplo, na bondade. Só Deus é bom. Se nós somos bons, é porque herdamos dele uma parcela, uma participação dessa bondade, sem que diminua em Deus, que é infinito. Recebemos, também, os dons para compreendermos sua Palavra. Quando Ele nos abre os tesouros da Revelação, infunde-nos sua inteligência, sua sabedoria e sua ciência. Somente assim podemos entender as Escrituras, da maneira mais profunda. Deus nos dá sua beleza. Podemos contemplar o encanto do ser humano, principalmente, numa criancinha inocente, ainda não afeada pelos defeitos da vida de pecado. É lindo contemplar a beleza do homem e da mulher, que refletem a face divina, através da busca constante da perfeição.
O Papa João Paulo II dizia: “É preciso procurar a face de Deus”. Santa Teresinha o traduz, numa linda expressão: “O amor de Deus consiste em descobri-lo nas pessoas que nos cercam”. A pessoa que está na graça é santa, alguém privilegiado, que se encontra cumulado dos dons divinos e os faz transparecer, como reflexo da própria santidade de Deus. Como disse o pregador Lacordaire, a respeito do Cura d’Ars, o grande pároco: “Hoje eu vi Deus numa pessoa humana”.
Deus nos cria por amor gratuito, amor que brota das suas Pessoas, de sua própria essência. Ele nos ama como nós somos, sem jamais ofender a liberdade que nos concedeu, mesmo quando o ser humano engendra a tragédia do pecado. O Livro das Origens descreve a aversão a Deus, pela qual o homem se fechou na própria egolatria e no mais tremendo egoísmo, seduzido pela tentação enganosa: “Vós sereis como deuses” (Gn 3,5). “Eu serei Deus para mim mesmo”, pensava Adão...
Quando o homem fecha o horizonte para Deus, concentra-se em si mesmo, e nas demais criaturas, e se torna materialista. O pecado nos enfraqueceu no corpo, na mente e nos afetos. Fez de nós seres incoerentes com nosso destino sobrenatural, vítimas de uma profunda fratura interior, que desintegrou nosso equilíbrio físico, psíquico e espiritual. Por isso, tornou-se-nos difícil corresponder ao amor de Deus, como deveríamos.
Porém, mesmo depois do pecado, Deus continua a nos amar, com o mesmo amor infinito. Esse amor, criador por excelência, manifesta, a partir de então, uma outra tonalidade: é transformante e salvífico. Nós somos envolvidos pelo amor de Deus, mesmo como pecadores. “Viremos e faremos nele a nossa morada”. O problema é que o pecado grave impede esse amor divino de chegar até nós, de realizar seu objetivo. O pecado, como fechamento a Deus, tem essa característica, que poderíamos dizer demoníaca: o amor se torna ineficaz em nós, mesmo que Deus no-lo dedique sempre.
Encontramos um dos mais conhecidos exemplos disto na história do filho pródigo (cf. Lc 15,11ss). Afastando-se do Pai, o amor dele o acompanhou, mas o filho interpôs uma barreira trágica, como que impermeável à ação daquele amor para com ele. Assim, a conversão se mostra difícil e dolorosa. O filho pródigo despertou para a realidade do afastamento, somente quando esteve entre os animais irracionais. E a Bíblia usa o termo “guardava os porcos”. Esta é a triste figura de quem está imerso num ambiente de pecado, de perversão.
Desmoronadas as paredes do orgulho e da auto-suficiência, ele se deu conta da miséria de sua condição, e o amor de Deus pôde projetar-se novamente sobre ele. Então, empreendeu o caminho de volta à casa paterna. E foi-lhe restituído até mais do que tivera antes, pois o amor de Deus se torna, além de tudo, salvador e redentor.
Não nos esqueçamos de que a maior doação do Pai foi nos enviar seu próprio Filho: “De tal modo Deus amou o mundo que lhe deu seu Filho único” (Jo 3,16). Esse “dar” refere-se tanto à entrega na Encarnação, como à entrega dolorosa no sacrifício da Cruz. “Ele não poupou seu próprio Filho, mas por todos nós o entregou” (Rm 8,32). Assim, para irmos ao Pai, passamos sempre pela mediação de Jesus, no Amor Pessoal que Ele tem ao Pai, que é o Espírito Santo. Somos conduzidos pelas mãos do próprio Cristo à casa e ao amor do Pai.
Reconhecer esta verdade do amor de Deus para conosco é essencial à nossa caminhada de fé. É um amor pessoal, que nos transforma. Nunca muda nem arrefece. Nós é que, muitas vezes, hesitamos em nos entregar a ele, incondicionalmente. Por isso é que o Senhor nos lembra: “Eu conheço a tua miséria, tuas lutas, os apertos, as fraquezas do teu corpo. Eu estou ciente da tua covardia, dos teus pecados. Apesar disso, eu te digo: “Dá-me o teu coração. Ama-me assim como tu és!” (Trecho de uma oração de autor desconhecido).
terça-feira, 20 de julho de 2010
Discurso do Papa Bento XVI aos jovens brasileiros - 10 de maio de 2007
Queridos jovens! Queridos amigos e amigas!
«Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá o dinheiro aos pobres [...] Depois, vem e segue-me» (Mt 19,21).
1. Desejei ardentemente encontrar-me convosco nesta minha primeira viagem à América Latina. Vim para abrir a V Conferência do Episcopado Latino-americano que, por meu desejo, vai realizar-se em Aparecida, aqui no Brasil, no Santuário de Nossa Senhora. Ela nos coloca aos pés de Jesus para aprendermos suas lições sobre o Reino e impulsionar-nos a ser seus missionários, para que os povos deste "Continente da Esperança" tenham, n’Ele, vida plena.
Os vossos Bispos do Brasil, na sua Assembléia Geral do ano passado, refletiram sobre o tema da evangelização da juventude e colocaram em vossas mãos um documento. Pediram que fosse acolhido e aperfeiçoado por vós durante todo o ano. Nesta última Assembléia retomaram o assunto, enriquecido com vossa colaboração, e desejam que as reflexões feitas e as orientações propostas sirvam como incentivo e farol para vossa caminhada. As palavras do Arcebispo de São Paulo e do encarregado da Pastoral da Juventude, as quais agradeço, bem atestam o espírito que move a todos vocês.
Ontem pela tarde, ao sobrevoar o território brasileiro, pensava já neste nosso encontro no Estádio do Pacaembu, com o desejo de dar um grande abraço bem brasileiro a todos vós, e manifestar os sentimentos que levo no íntimo do coração e que, bem a propósito, o Evangelho de hoje nos quis indicar.
Sempre experimentei uma alegria muito especial nestes encontros. Lembro-me particularmente da Vigésima Jornada Mundial da Juventude, que tive a ocasião de presidir há dois anos atrás na Alemanha. Alguns dos que estão aqui também lá estiveram! É uma lembrança comovedora, pelos abundantes frutos da graça enviados pelo Senhor. E não resta a menor dúvida que o primeiro fruto, dentre muitos, que pude constatar foi o da fraternidade exemplar havida entre todos, como demonstração evidente da perene vitalidade da Igreja por todo o mundo.
2. Pois bem, caros amigos, estou certo de que hoje se renovam as mesmas impressões daquele meu encontro na Alemanha. Em 1991, o Servo de Deus o Papa João Paulo II, de venerada memória, dizia, na sua passagem pelo Mato Grosso, que os "jovens são os primeiros protagonistas do terceiro milênio [...] são vocês que vão traçar os rumos desta nova etapa da humanidade" (Discurso 16/10/1991). Hoje, sinto-me movido a fazer-lhes idêntica observação.
O Senhor aprecia, sem dúvida, vossa vivência cristã nas numerosas comunidades paroquiais e nas pequenas comunidades eclesiais, nas Universidades, Colégios e Escolas e, especialmente, nas ruas e nos ambientes de trabalho das cidades e dos campos. Trata-se, porém, de ir adiante. Nunca podemos dizer basta, pois a caridade de Deus é infinita e o Senhor nos pede, ou melhor, nos exige dilatar nossos corações para que neles caiba sempre mais amor, mais bondade, mais compreensão pelos nossos semelhantes e pelos problemas que envolvem não só a convivência humana, mas também a efetiva preservação e conservação da natureza, da qual todos fazem parte. "Nossos bosques têm mais vida": não deixeis que se apague esta chama de esperança que o vosso Hino Nacional põe em vossos lábios. A devastação ambiental da Amazônia e as ameaças à dignidade humana de suas populações requerem um maior compromisso nos mais diversos espaços de ação que a sociedade vem solicitando.
3. Hoje quero convosco refletir sobre o texto de São Mateus (19, 16-22), que acabamos de ouvir. Fala de um jovem. Ele veio correndo ao encontro de Jesus. Merece destaque a sua ânsia. Neste jovem vejo a todos vós, jovens do Brasil e da América Latina. Viestes correndo de diversas regiões deste Continente para nosso encontro. Quereis ouvir, pela voz do Papa, as palavras do próprio Jesus.
Tendes uma pergunta crucial, referida no Evangelho, a Lhe fazer. É a mesma do jovem que veio correndo ao encontro com Jesus: o que fazer para alcançar a vida eterna? Gostaria de aprofundar convosco esta pergunta. Trata-se da vida. A vida que, em vós, é exuberante e bela. O que fazer dela? Como vivê-la plenamente?
Logo entendemos, na formulação da própria pergunta, que não basta o aqui e agora, ou seja, nós não conseguimos delimitar nossa vida ao espaço e ao tempo, por mais que pretendamos estender seus horizontes. A vida os transcende. Em outras palavras, queremos viver e não morrer. Sentimos que algo nos revela que a vida é eterna e que é necessário empenhar-se para que isto aconteça. Em outras palavras, ela está em nossas mãos e depende, de algum modo, da nossa decisão.
A pergunta do Evangelho não contempla apenas o futuro. Não trata apenas de uma questão sobre o que acontecerá após a morte. Há, ao contrário, um compromisso com o presente, aqui e agora, que deve garantir autenticidade e conseqüentemente o futuro. Numa palavra, a pergunta questiona o sentido da vida. Pode por isso ser formulada assim: que devo fazer para que minha vida tenha sentido? Ou seja: como devo viver para colher plenamente os frutos da vida? Ou ainda: que devo fazer para que minha vida não transcorra inutilmente?
Jesus é o único capaz de nos dar uma resposta, porque é o único que nos pode garantir vida eterna. Por isso também é o único que consegue mostrar o sentido da vida presente e dar-lhe um conteúdo de plenitude.
4. Antes, porém, de dar sua resposta, Jesus questiona a pergunta do jovem num aspecto muito importante: por que me chamas de bom? Nesta pergunta se encontra a chave da resposta. Aquele jovem percebeu que Jesus é bom e que é mestre. Um mestre que não engana. Nós estamos aqui porque temos esta mesma convicção: Jesus é bom. Podemos não saber dar toda a razão desta percepção, mas é certo que ela nos aproxima dele e nos abre ao seu ensinamento: um mestre bom. Quem reconhece o bem é sinal que ama. E quem ama, na feliz expressão de São João, conhece Deus (cf.1Jo 4,7). O jovem do Evangelho teve uma percepção de Deus em Jesus Cristo.
Jesus nos garante que só Deus é bom. Estar aberto à bondade significa acolher Deus. Assim Ele nos convida a ver Deus em todas as coisas e em todos os acontecimentos, mesmo lá onde a maioria só vê a ausência de Deus. Vendo a beleza das criaturas e constatando a bondade presente em todas elas, é impossível não crer em Deus e não fazer uma experiência de sua presença salvífica e consoladora. Se nós conseguíssemos ver todo o bem que existe no mundo e, ainda mais, experimentar o bem que provém do próprio Deus, não cessaríamos jamais de nos aproximar dele, de O louvar e Lhe agradecer. Ele continuamente nos enche de alegria e de bens. Sua alegria é nossa força.
Mas nós não conhecemos senão de forma parcial. Para perceber o bem necessitamos de auxílios, que a Igreja nos proporciona em muitas oportunidades, principalmente pela catequese. Jesus mesmo explicita o que é bom para nós, dando-nos sua primeira catequese. «Se queres entrar na vida, observa os mandamentos» (Mt 19,17). Ele parte do conhecimento que o jovem já obteve certamente de sua família e da Sinagoga: de fato, ele conhece os mandamentos. Eles conduzem à vida, o que equivale a dizer que eles nos garantem autenticidade. São as grandes balizas a nos apontarem o caminho certo. Quem observa os mandamentos está no caminho de Deus.
Não basta conhecê-los. O testemunho vale mais que a ciência, ou seja, é a própria ciência aplicada. Não são impostos de fora, nem diminuem nossa liberdade. Pelo contrário: constituem impulsos internos vigorosos, que nos levam a agir nesta direção. Na sua base está a graça e a natureza, que não nos deixam parados. Precisamos caminhar. Somos impelidos a fazer algo para nos realizarmos a nós mesmos. Realizar-se, através da ação, na verdade, é tornar-se real. Nós somos, em grande parte, a partir de nossa juventude, o que nós queremos ser. Somos, por assim dizer, obra de nossas mãos.
5. Nesta altura volto-me, de novo, para vós, jovens, querendo ouvir também de vós a resposta do jovem do Evangelho: tudo isto tenho observado desde a minha juventude. O jovem do Evangelho era bom. Observava os mandamentos. Estava pois no caminho de Deus. Por isso Jesus fitou-o com amor. Ao reconhecer que Jesus era bom, testemunhou que também ele era bom. Tinha uma experiência da bondade e por isso, de Deus. E vós, jovens do Brasil e da América Latina? Já descobristes o que é bom? Seguis os mandamentos do Senhor? Descobristes que este é o verdadeiro e único caminho para a felicidade?
Os anos que vós estais vivendo são os anos que preparam o vosso futuro. O "amanhã" depende muito de como estais vivendo o "hoje" da juventude. Diante dos olhos, meus queridos jovens, tendes uma vida que desejamos seja longa; mas é uma só, é única: não a deixeis passar em vão, não a desperdiceis. Vivei com entusiasmo, com alegria, mas, sobretudo, com senso de responsabilidade.
Muitas vezes sentimos trepidar nossos corações de pastores, constatando a situação de nosso tempo. Ouvimos falar dos medos da juventude de hoje. Revelam-nos um enorme déficit de esperança: medo de morrer, num momento em que a vida está desabrochando e procura encontrar o próprio caminho da realização; medo de sobrar, por não descobrir o sentido da vida; e medo de ficar desconectado diante da estonteante rapidez dos acontecimentos e das comunicações. Registramos o alto índice de mortes entre os jovens, a ameaça da violência, a deplorável proliferação das drogas que sacode até a raiz mais profunda a juventude de hoje. Fala-se por isso, seguidamente, de uma juventude perdida.
Mas olhando para vós, jovens aqui presentes, que irradiais alegria e entusiasmo, assumo o olhar de Jesus: um olhar de amor e confiança, na certeza de que vós encontrastes o verdadeiro caminho. Sois jovens da Igreja. Por isso Eu vos envio para a grande missão de evangelizar os jovens e as jovens, que andam por este mundo errantes, como ovelhas sem pastor. Sede os apóstolos dos jovens. Convidai-os para que venham convosco, façam a mesma experiência de fé, de esperança e de amor; encontrem-se com Jesus, para se sentirem realmente amados, acolhidos, com plena possibilidade de realizar-se. Que também eles e elas descubram os caminhos seguros dos Mandamentos e por eles cheguem até Deus.
Podeis ser protagonistas de uma sociedade nova se procurais pôr em prática uma vivência real inspirada nos valores morais universais, mas também um empenho pessoal de formação humana e espiritual de vital importância. Um homem ou uma mulher despreparados para os desafios reais de uma correta interpretação da vida cristã do seu meio ambiente será presa fácil a todos os assaltos do materialismo e do laicismo, sempre mais atuantes em todos os níveis.
Sede homens e mulheres livres e responsáveis; fazei da família um foco irradiador de paz e de alegria; sede promotores da vida, do início ao seu natural declínio; amparai os anciãos, pois eles merecem respeito e admiração pelo bem que vos fizeram. O Papa também espera que os jovens procurem santificar seu trabalho, fazendo-o com competência técnica e com laboriosidade, para contribuir ao progresso de todos os seus irmãos e para iluminar com a luz do Verbo todas as atividades humanas (cf. Lumen Gentium, n. 36). Mas, sobretudo, o Papa espera que saibam ser protagonistas de uma sociedade mais justa e mais fraterna, cumprindo as obrigações frente ao Estado: respeitando as suas leis; não se deixando levar pelo ódio e pela violência; sendo exemplo de conduta cristã no ambiente profissional e social, distinguindo-se pela honestidade nas relações sociais e profissionais. Tenham em conta que a ambição desmedida de riqueza e de poder leva à corrupção pessoal e alheia; não existem motivos para fazer prevalecer as próprias aspirações humanas, sejam elas econômicas ou políticas, com a fraude e o engano.
Definitivamente, existe um imenso panorama de ação no qual as questões de ordem social, econômica e política ganham um particular relevo, sempre que haurirem sua fonte de inspiração no Evangelho e na Doutrina Social da Igreja. A construção de uma sociedade mais justa e solidária, reconciliada e pacífica; a contenção da violência e as iniciativas que promovam a vida plena, a ordem democrática e o bem comum e, especialmente, aquelas que visem eliminar certas discriminações existentes nas sociedades latino-americanas e não são motivo de exclusão, mas de recíproco enriquecimento.
Tende, sobretudo, um grande respeito pela instituição do Sacramento do Matrimônio. Não poderá haver verdadeira felicidade nos lares se, ao mesmo tempo, não houver fidelidade entre os esposos. O matrimônio é uma instituição de direito natural, que foi elevado por Cristo à dignidade de Sacramento; é um grande dom que Deus fez à humanidade. Respeitai-o, venerai-o. Ao mesmo tempo, Deus vos chama a respeitar-vos também no namoro e no noivado, pois a vida conjugal que, por disposição divina, está destinada aos casados é somente fonte de felicidade e de paz na medida em que souberdes fazer da castidade, dentro e fora do matrimônio, um baluarte das vossas esperanças futuras. Repito aqui para todos vós que «o eros quer nos conduzir para além de nós próprios, para Deus, mas por isso mesmo requer um caminho de ascese, renúncias, purificações e saneamentos» (Carta encl. Deus caritas est, (25/12/2005), n. 5). Em poucas palavras, requer espírito de sacrifício e de renúncia por um bem maior, que é precisamente o amor de Deus sobre todas as coisas. Procurai resistir com fortaleza às insídias do mal existente em muitos ambientes, que vos leva a uma vida dissoluta, paradoxalmente vazia, ao fazer perder o bem precioso da vossa liberdade e da vossa verdadeira felicidade. O amor verdadeiro "procurará sempre mais a felicidade do outro, preocupar-se-á cada vez mais dele, doar-se-á e desejará existir para o outro" (Ib. n. 7) e, por isso, será sempre mais fiel, indissolúvel e fecundo.
Para isso, contais com a ajuda de Jesus Cristo que, com a sua graça, fará isto possível (cf. Mt 19,26). A vida de fé e de oração vos conduzirá pelos caminhos da intimidade com Deus, e de compreensão da grandeza dos planos que Ele tem para cada um. "Por amor do reino dos céus" (ib., 12), alguns são chamados a uma entrega total e definitiva, para consagrar-se a Deus na vida religiosa, "exímio dom da graça", como foi definido pelo Concílio Vaticano II (Decr. Perfectae caritatis, n.12). Os consagrados que se entregam totalmente a Deus, sob a moção do Espírito Santo, participam na missão de Igreja, testemunhando a esperança no Reino celeste entre todos os homens. Por isso, abençôo e invoco a proteção divina a todos os religiosos que dentro da seara do Senhor se dedicam a Cristo e aos irmãos. As pessoas consagradas merecem, verdadeiramente, a gratidão da comunidade eclesial: monges e monjas, contemplativos e contemplativas, religiosos e religiosas dedicados às obras de apostolado, membros de institutos seculares e das sociedades de vida apostólica, eremitas e virgens consagradas. "A sua existência dá testemunho do amor a Cristo quando eles se encaminham pelo seu seguimento, tal como este se propõe no Evangelho e, com íntima alegria, assumem o mesmo estilo de vida que Ele escolheu para Si" (Congr. para os Inst. de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica: Instr. Partir de Cristo, n. 5). Faço votos de que, neste momento de graça e de profunda comunhão em Cristo, o Espírito Santo desperte no coração de tantos jovens um amor apaixonado no seguimento e imitação de Jesus Cristo casto, pobre e obediente, voltado completamente à glória do Pai e ao amor dos irmãos e irmãs.
6. O Evangelho nos assegura que aquele jovem, que veio correndo ao encontro de Jesus, era muito rico. Entendemos esta riqueza não apenas no plano material. A própria juventude é uma riqueza singular. É preciso descobri-la e valorizá-la. Jesus lhe deu tal valor que convidou esse jovem para participar de sua missão de salvação. Tinha todas as condições para uma grande realização e uma grande obra.
Mas o Evangelho nos refere que esse jovem se entristeceu com o convite. Foi embora abatido e triste. Este episódio nos faz refletir mais uma vez sobre a riqueza da juventude. Não se trata, em primeiro lugar, de bens materiais, mas da própria vida, com os valores inerentes à juventude. Provém de uma dupla herança: a vida, transmitida de geração em geração, em cuja origem primeira está Deus, cheio de sabedoria e de amor; e a educação que nos insere na cultura, a tal ponto que, em certo sentido, podemos dizer que somos mais filhos da cultura e por isso da fé, do que da natureza. Da vida brota a liberdade que, sobretudo nesta fase se manifesta como responsabilidade. E o grande momento da decisão, numa dupla opção: uma quanto ao estado de vida e outra quanto à profissão. Responde à questão: que fazer com a vida?
Em outras palavras, a juventude se afigura como uma riqueza porque leva à descoberta da vida como um dom e como uma tarefa. O jovem do Evangelho percebeu a riqueza de sua juventude. Foi até Jesus, o Bom Mestre, para buscar uma orientação. Mas na hora da grande opção não teve coragem de apostar tudo em Jesus Cristo. Conseqüentemente saiu dali triste e abatido. É o que acontece todas as vezes que nossas decisões fraquejam e se tornam mesquinhas e interesseiras. Sentiu que faltou generosidade, o que não lhe permitiu uma realização plena. Fechou-se sobre sua riqueza, tornando-a egoísta.
Jesus ressentiu-se com a tristeza e a mesquinhez do jovem que o viera procurar. Os Apóstolos, como todos e todas vós hoje, preenchem esta lacuna deixada por aquele jovem que se retirou triste e abatido. Eles e nós estamos alegres porque sabemos em quem acreditamos (2 Tim 1,12). Sabemos e testemunhamos com nossa própria vida que só Ele tem palavras de vida eterna (Jo 6,68). Por isso, com São Paulo, podemos exclamar: alegrai-vos sempre no Senhor (Fil 4,4).
7. Meu apelo de hoje, a vós jovens, que viestes a este encontro, é que não desperdiceis vossa juventude. Não tenteis fugir dela. Vivei-a intensamente. Consagrai-a aos elevados ideais da fé e da solidariedade humana.
Vós, jovens, não sois apenas o futuro da Igreja e da humanidade, como uma espécie de fuga do presente. Pelo contrário: vós sois o presente jovem da Igreja e da humanidade. Sois seu rosto jovem. A Igreja precisa de vós, como jovens, para manifestar ao mundo o rosto de Jesus Cristo, que se desenha na comunidade cristã. Sem o rosto jovem a Igreja se apresentaria desfigurada.
Queridos jóvenes, dentro de poco inauguraré la Quinta Conferencia del Episcopado Latinoamericano. Os pido que sigáis con atención sus trabajos; que participéis en sus debates; que recéis por sus frutos. Como ocurrió con las Conferencias anteriores, también ésta marcará de modo significativo los próximos diez años de Evangelización en América Latina y en el Caribe. Nadie debe quedar al margen o permanecer indiferente ante este esfuerzo de la Iglesia, y mucho menos los jóvenes. Vosotros con todo derecho formáis parte de la Iglesia, la cual representa el rostro de Jesucristo para América Latina y el Caribe.
Je salue les francophones qui vivent sur le Continent latino-américain, les invitant à être des témoins de l’Évangile et des acteurs de la vie ecclésiale. Ma prière vous rejoint tout particulièrement, vous les jeunes, vous êtes appelés à construire votre vie sur le Christ et sur les valeurs humaines fondamentales. Que tous se sentent invités à collaborer pour édifier un monde de justice et de paix.
Dear young friends, like the young man in the Gospel, who asked Jesus "what must I do to have eternal life?", all of you are searching for ways of responding generously to God’s call. I pray that you may hear his saving word and become his witnesses to the people of today. May God pour out upon all of you his blessings of peace and joy.
Queridos jovens, Cristo vos chama a serem santos. Ele mesmo vos convoca e quer andar convosco, para animar com Seu espírito os passos do Brasil neste início do terceiro milênio da era cristã. Peço à Senhora Aparecida que vos conduza, com seu auxílio materno e vos acompanhe ao longo da vida.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Catedral de Milão, 24 de fevereiro de 2005. Funeral de padre Giussani
Homilia do cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé
Queridos irmãos no episcopado e no sacerdócio, “os discípulos ao ver Jesus alegraram-se”. Estas palavras do Evangelho, agora lidas, nos indicam o centro da personalidade e da vida do nosso querido padre Giussani.
Padre Giussani cresceu em uma casa – como ele diz – pobre de pão, mas rica de música; e assim, desde o início, foi tocado, aliás, ferido, pelo desejo de beleza e não se contentava com uma beleza qualquer, com uma beleza banal: procurava a própria Beleza, a Beleza infinita, e desse modo encontrou Cristo, em Cristo a verdadeira beleza, o caminho da vida, a verdadeira alegria.
Desde jovem, criou com outros jovens uma comunidade que se chamava Studium Christi; o seu programa consistiu em não falar de outra coisa a não ser de Cristo, porque tudo o mais parecia perda de tempo.
Naturalmente, depois, soube superar a unilateralidade, mas a substância permaneceu sempre nele, de que somente Cristo dá sentido a tudo na nossa vida. Manteve sempre fixo o olhar da sua vida e do seu coração voltado para Cristo. Deste modo, entendeu que o cristianismo não é um sistema intelectual, um pacote de dogmas, um moralismo, mas que o cristianismo é um encontro, uma história de amor, é um acontecimento.
Esta paixão por Cristo, esta história de amor, que é toda a sua vida, estava todavia distante de um entusiasmo superficial qualquer, de um romantismo vago. Realmente, vendo Cristo, soube que encontrar Cristo quer dizer seguir Cristo, que este encontro é uma estrada, um caminho que atravessa – como ouvimos no salmo – também o “vale das sombras”. E no Evangelho, no segundo Evangelho, ouvimos justamente a última escuridão do sofrimento de Cristo, da aparente ausência de Deus, do eclipse do Sol do mundo. Sabia que seguir é atravessar um “vale de sombras”, quer dizer, andar pela via da cruz, e mesmo assim viver na verdadeira alegria.
Por que é assim? O próprio Senhor traduziu esse mistério da cruz, que na realidade é o mistério do amor, com uma fórmula na qual se exprime toda a realidade da nossa vida. O Senhor diz: “Quem procura a sua vida, quer ter a sua vida para si, a perde, e quem perde a sua vida, a encontra”.
Padre Giussani queria realmente não ter a vida para si, mas deu a vida, e por isso mesmo encontrou a vida não só para si, mas para tantos outros. Realizou aquilo que ouvimos no primeiro Evangelho: não queria ser um patrão, queria servir, era um fiel servidor do Evangelho, distribuiu toda a riqueza do seu coração, distribuiu a riqueza divina do Evangelho, pela qual tinha sido penetrado e, servindo desse modo, dando a vida, esta sua vida carregou um rico fruto como vemos neste momento, tornou-se realmente pai de muitos e, tendo guiado as pessoas não para si mesmo, mas para Cristo, ganhou justamente os corações, ajudou a melhorar o mundo, a abrir as portas do mundo para o céu.
Esta centralidade de Cristo na sua vida deu-lhe também o dom do discernimento, de decifrar de forma justa os sinais dos tempos em uma época difícil, cheia de tentações e de erros, como sabemos. Pensemos nos anos `68 e seguintes. Um primeiro grupo dos seus partiu para o Brasil e lá se deparou com essa pobreza extrema, com essa miséria. Que fazer? Como responder? E foi grande a tentação de dizer: agora devemos, no momento, deixar de lado Cristo, deixar de lado Deus, porque há urgências mais prementes, devemos antes começar a mudar as estruturas, as coisas externas, devemos antes melhorar a terra, depois podemos reencontrar também o céu. Era a grande tentação daquele momento de transformar o cristianismo num moralismo, o moralismo numa política, de substituir o crer com o fazer. Pois, o que comporta o crer? Pode-se dizer: fazer alguma coisa neste momento. E mesmo assim, desse passo, substituindo a fé com um moralismo, o crer com o fazer, cai-se nos particularismos, perdem-se sobretudo os critérios e as orientações, e no final não se constrói, mas se divide.
Monsenhor Giussani, com a sua fé inabalável e sempre pronta, soube que também nesta situação, Cristo, o encontro com Cristo, permanece central, porque quem não dá Deus, dá muito pouco e quem não dá Deus, quem não faz encontrar Deus no rosto de Cristo, não constrói, mas destrói, porque faz a ação humana perder-se em dogmatismos ideológicos e falsos, como vimos muito bem.
Padre Giussani conservou a centralidade de Cristo e exatamente por isso ajudou com as obras sociais, com o serviço necessário a humanidade neste mundo difícil, onde a responsabilidade dos cristãos para com os pobres no mundo é enorme e urgente.
Quem crê deve também atravessar – dissemos – o “vale das sombras”, os vales obscuros do discernimento, bem como das adversidades, das oposições, das contrariedades ideológicas que chegavam até às ameaças de eliminar fisicamente as pessoas para libertar-se desta outra voz que não se contenta com fazer, mas carrega uma mensagem maior, bem como uma luz maior.
Monsenhor Giussani, com a força da sua fé, atravessou inabalável esses vales obscuros e, naturalmente, com a novidade que carregava consigo, tinha também dificuldade de se colocar no interior da Igreja. Sempre que o Espírito Santo, segundo as necessidades dos tempos, cria o novo, que na realidade é o retorno às origens, é difícil orientar-se e encontrar o conjunto pacífico da grande comunhão da Igreja universal. O amor de padre Giussani por Cristo era também amor pela Igreja e assim permaneceu sempre fiel seguidor, fiel ao Santo Padre, fiel aos seus Bispos.
Com tudo aquilo que fundou também interpretou novamente o mistério da Igreja.
1. Comunhão e Libertação nos faz logo pensar nesta descoberta própria da época moderna, a liberdade, e nos faz pensar também nas palavras de Santo Ambrósio “Ubi fides ibi libertas”. O Card. Biffi chamou-nos a atenção sobre a quase coincidência desta palavra de Santo Ambrósio com a fundação de Comunhão e Libertação. Colocando a liberdade em relevo como dom próprio da fé, também nos disse que a liberdade, para ser uma verdadeira liberdade humana, uma liberdade na verdade, necessita de comunhão. Uma liberdade isolada, uma liberdade só para o eu, seria uma mentira e destruiria a comunhão humana. A liberdade para ser verdadeira, portanto para ser também eficiente, tem necessidade da comunhão, e não de uma comunhão qualquer, mas em última instância da comunhão com a própria verdade, com o amor mesmo, com Cristo, com Deus trinitário. Assim se constrói comunidade que cria liberdade e doa alegria.
2. A outra fundação, os Memores Domini, nos faz pensar novamente no segundo Evangelho de hoje: a memória que o Senhor nos deu na santa eucaristia, memória que não é só recordação do passado, mas memória que cria presente, memória na qual Ele mesmo se dá nas nossas mãos e nos nossos corações, e assim nos faz viver.
Atravessar vales obscuros. Na última etapa da sua vida, padre Giussani teve de atravessar o vale obscuro da doença, da enfermidade, da dor, do sofrimento, mas também aí o seu olhar estava fixo em Jesus, e assim permaneceu verdadeiro durante todo o sofrimento, vendo Jesus, podia alegrar-se, estava presente a alegria do Ressuscitado, que também na paixão é o Ressuscitado e nos dá a verdadeira luz e a alegria e sabia que – como diz o salmo – mesmo atravessando aquele vale “nenhum mal eu temerei porque sei que estás comigo e habitarei na casa do Pai”. Esta era a sua grande força: saber que “Tu estás comigo”.
Meus queridos fiéis, especialmente queridos jovens, tenhamos no coração esta mensagem, não percamos de vista Cristo e não esqueçamos que sem Deus não se constrói nada de bem e que Deus permanece enigmático se não for reconhecido no rosto de Cristo.
Agora o vosso querido amigo padre Giussani chegou no outro mundo e estamos convencidos de que se abriu a porta da casa do Pai, estamos convencidos de que agora se realiza plenamente esta palavra: vendo Jesus alegraram-se, alegra-se com uma alegria que ninguém lhe tira. Neste momento queremos agradecer ao Senhor pelo grande dom desse sacerdote, desse fiel servidor do Evangelho, desse pai.
Confiemos a sua alma à bondade do seu e do nosso Senhor.
Queremos nesta hora também rezar particularmente pela saúde de nosso Santo Padre, hospitalizado de novo, confiantes de que o Senhor o acompanhe e lhe dê força e saúde. E peçamos que o Senhor nos ilumine, nos doe a fé que constrói o mundo, a fé que nos faz encontrar o caminho da vida, a verdadeira alegria.
Amém.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
Homilia do Pregador da Casa Pontifícia, Frei Raniero Cantalamessa
“A túnica era sem costura”
“Depois de os soldados crucificarem Jesus, tomaram as suas vestes e fizeram delas quatro partes, uma para cada soldado. A túnica, porém, toda tecida de alto a baixo, não tinha costura. Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas deitemos sorte sobre ela, para ver de quem será. Assim se cumpria a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sorte sobre a minha túnica (Sl 21,19). Isso fizeram os soldados” (Jo 19, 23-24).
Aqui sempre se questiona o que o evangelista João queria dizer com a importância que dá a esse detalhe da Paixão. Uma explicação, relativamente recente, é que a túnica recorda o paramento do sumo sacerdote, e que João, então, queria afirmar que Jesus morreu não apenas como rei, mas também como sacerdote.
Da túnica do sumo sacerdote não se diz, na Bíblia, que deveria ser sem costura (Cf. Ex 28, 4; Lev 16, 4). Por isso, importantes exegetas preferem se ater à explicação tradicional, segundo a qual a túnica intacta simboliza a unidade dos discípulos [1]. Esta é a interpretação que São Cipriano já dava: “O mistério da unidade da Igreja, escreve, é expresso no Evangelho quando se diz que a túnica de Cristo não foi dividida nem rasgada” [2].
Qualquer que seja a explicação que se dá ao texto, uma coisa é certa: a unidade dos discípulos é, para João, o propósito pelo qual Cristo morre: “Jesus havia de morrer pela nação, e não somente pela nação, mas também para que fossem reconduzidos à unidade os filhos de Deus dispersos” (Jo 11, 51-52). Na última ceia, ele próprio disse: “Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim. Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17, 20-21).
A feliz notícia a proclamar na Sexta-Feira Santa é que a unidade, antes que um objetivo a atingir, é um dom recebido. Que a túnica fosse tecida “de alto a baixo”, explica São Cipriano, significa que “a unidade trazida por Cristo provém do alto, do Pai celeste, e não pode, então, ser rasgada por quem a recebe, mas deve ser acolhida integralmente”.
Os soldados fizeram em quatro parte “as vestes”, ou “o manto” (ta imatia), isto é, a indumentária exterior de Jesus, não a túnica, o chiton, que era o indumento íntimo, usado em contato direto com o corpo. Um símbolo também isso. Nós, homens, podemos dividir a Igreja no seu elemento humano e visível, mas não a sua unidade profunda que se identifica com o Espírito Santo. A túnica de Cristo não foi e não poderá ser dividida. “Pode-se, acaso, dividir Cristo?”, dizia Paulo (cf. 1 Cor 1, 13). É a fé que professamos no Credo: “Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica”.
* * *
Mas se a unidade deve servir de sinal “para que o mundo creia”, essa deve ser uma unidade também visível, comunitária. É esta unidade que foi perdida e que devemos recuperar. Ela é bem mais que relações de boa vizinhança, é a própria unidade mística interior – “sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos” (Ef 4, 4-6) –, o quanto esta unidade objetiva é acolhida, visualizada e manifestada, de fato, pelos crentes.
“Senhor, é este o tempo em que ides instaurar o reino de Israel?”, questionam os apóstolos a Jesus depois da Páscoa. Hoje voltamos a fazer esta pergunta a Jesus: É este o tempo em que se instaurará a unidade visível da tua Igreja? A resposta também é a mesma de então: “Não vos pertence a vós saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou em seu poder, mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas” (At 1, 6-8).
Recordava-o o Santo Padre na homilia de 25 de janeiro passado, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, na conclusão da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos: «A unidade com Deus e com os nossos irmãos e irmãs é um dom que provém do Alto, que brota da comunhão do amor entre Pai, Filho e Espírito Santo e que nela se aumenta e se aperfeiçoa. Não está em nosso poder decidir quando ou como esta unidade se realizará plenamente. Só Deus o poderá fazer! Como São Paulo, também nós colocamos a nossa esperança e confiança "na graça de Deus que está conosco"».
Também hoje virá o Espírito Santo, se nos deixarmos guiar, para conduzir à unidade. Como fez o Espírito Santo para realizar a primeira fundamental unidade da Igreja: aquela entre judeus e pagãos? Vem sobre Cornélio e a sua casa do mesmo modo com que em Pentecostes veio aos apóstolos. Pedro tira a conclusão: “Pois, se Deus lhes deu a mesma graça que a nós, que cremos no Senhor Jesus Cristo, com que direito me oporia eu a Deus?” (At 11, 17).
Ora, de um século para cá, nós observamos repetir-se sob nossos olhos este mesmo prodígio, em escala mundial. Deus infundiu seu Espírito Santo, de modo novo e raro, sobre milhões de fiéis, aparentemente em quase todas as denominações cristãs e, a fim de que não houvesse dúvidas sobre suas intenções, o infundiu com as mesmas idênticas manifestações. Não é este um sinal de que o Espírito que impele a reconhecer o episódio como discípulos de Cristo e a tendermos juntos para a unidade?
Apenas esta unidade espiritual e carismática, é verdade, não basta. Observamos já ao início da Igreja. A unidade entre judeus e gentios é nova e já ameaçada pelo cisma. Ali houve uma “longa discussão”, no chamado concílio de Jerusalém, e, ao final, houve um acordo, anunciando para a Igreja com uma fórmula: “pareceu bem ao Espírito Santo e a nós” (At 15, 28). O Espírito Santo opera, então, também através de uma via diferente, que é o confronto paciente, o diálogo e o compromisso entre as partes, quando não está em jogo o essencial da fé. Opera através das “estruturas” humanas e dos “ministérios” estabelecidos por Jesus, sobretudo o ministério apostólico e petrino. É o que chamamos hoje de ecumenismo doutrinal e institucional.
* * *
A experiência nos está convencendo porém que também este ecumenismo doutrinal, ou de vértice, não é suficiente e não avança, se não for acompanhado por um ecumenismo espiritual, de base. Isto é repetido sempre com maior insistência justamente pelos máximos promotores do ecumenismo institucional. Aos pés da cruz, queremos meditar sobre este ecumenismo espiritual: em que consiste e como podemos avançar nisto.
O ecumenismo espiritual nasce do arrependimento e do perdão e se alimenta com a oração. Em 1977, participei de um congresso ecumênico carismático em Kansas City, Missouri. Estavam lá quarenta mil presentes, metade católicos (entre os quais o cardeal Suenens) e metade de outras denominações cristãs. Uma tarde, ao microfone, um dos animadores começou a falar de um modo, para mim, naquela época, estranho: «Vós, sacerdotes e pastores, chorai e lamentai, porque o corpo de meu Filho está em pedaços… Vós, leigos, homens e mulheres, chorai e lamentai porque o corpo de meu Filho está em pedaços».
Comecei a ver as pessoas caírem uma após outra de joelhos em torno a mim e muitos desses soluçavam de arrependimento pelas divisões no corpo de Cristo. E tudo isso enquanto uma frase ecoava de um lado a outro do estádio: «Jesus is Lord, Jesus é o Senhor». Eu era como um observador ainda assaz crítico e destacado, mas lembro que pensei comigo: Se um dia todos os crentes estivessem reunidos a formar uma só Igreja, seria assim: enquanto estivermos todos de joelhos, com o coração contrito e humilhado, sob o grande senhorio de Cristo.
Se a unidade dos discípulos deve ser reflexo da unidade entre o Pai e o Filho, essa deve ser, antes de tudo, uma unidade de amor, porque tal é a unidade que reina na Trindade. A Escritura nos exorta a «fazer a verdade na caridade» (veritatem facientes in caritate) (Ef 4, 15). E Santo Agostinho afirma que «não se entra na verdade senão através da caridade»: non intratur in veritatem nisi per caritatem [3].
A coisa extraordinária a respeito desse caminho à unidade baseado no amor é que esse já está agora escancarado diante de nós. Não podemos «queimar etapas» em relação à doutrina, porque as diferenças existem e serão resolvidas com paciência nas sedes apropriadas. Podemos, ao contrário, quiemar etapas na caridade, e estar unidos, a partir de agora. A verdade, seguro sinal da vinda do Espírito, não é, escreve Santo Agostinho, o falar em línguas, mas é o amor pela unidade: «Sabeis que tendes o Espírito Santo quando permitis que vosso coração adira à unidade através de uma sincera caridade» 4].
Repensemos no hino da caridade de São Paulo. Cada frase sua adquire um significado atual e novo, se aplicada ao amor entre membros das diversas Igrejas cristãs, nas relações ecumênicas:
«A caridade é paciente…
A caridade não é invejosa…
Não busca só seu interesse…
Não leva em conta o mal recebido (no caso do mal feito aos outros!)
Não se alegra com a injustiça, mas se compraz da verdade (não se alegra das dificuldades das outras Igrejas, mas se compraz de seus sucessos)
Tudo crê, tudo espera, tudo suporta» (1 Cor 13, 4 ss.).
Esta semana acompanhamos à sua morada eterna uma mulher – Chiara Lubich – fundadora do Movimento dos Focolares – que foi uma pioneira e um modelo deste ecumenismo espiritual de amor. Ela demonstrou que a busca da unidade entre os cristãos não leva ao fechamento para o resto do mundo; é, ao contrário, o primeiro passo e a condição para um diálogo mais vasto com os crentes de outras religiões e com todos os homens que têm no coração os destinos da humanidade e da paz
* * *
«Amar-se, já foi dito, não significa olhar um para o outro, mas olharem juntos na mesma direção». Também entre cristãos, amar-se significa olharem juntos na mesma direção que é Cristo. «Ele é nossa paz» (Ef 2, 14). Acontece como para os raios de uma roda. Vejamos o que acontece aos raios quando do centro vão para o exterior: a medida que se distanciam do centro se distanciam também entre si, até terminar em pontos distantes da circunferência. Vejamos, ao contrário, o que acontece quando da circunferência movem-se até o centro: pouco a pouco aproximam-se do centro, se aproximam entre si, até formar um ponto só. Na medida na qual andemos juntos para Cristo, nos aproximaremos também entre nós, até ser verdadeiramente, como ele pediu, «uma só coisa com Ele e com o Pai».
O que poderá reunir os cristãos divididos será só a difusão entre eles de uma onda nova de amor por Cristo. É isto que está acontecendo por obra do Espírito Santo e que nos enche de estupor e de esperança. «O amor de Cristo nos constrange, ao pensamento que um morreu por todos» (2 Cor 5, 14). O irmão de outra Igreja – também cada ser humano – é «alguém pelo qual Cristo morreu» (Rom 14, 16), como morreu por mim.
* * *
Um motivo deve, sobretudo, impulsionar-nos adiante neste caminho. O que estava em jogo no início do terceiro milênio não é o mesmo que estava no início do segundo milênio, quando se produziu a separação entre oriente e ocidente, e nem mesmo é a mesma coisa que na metade do mesmo milênio, quando se produz a separação entre católicos e protestantes. Podemos dizer que a maneira exata de proceder do Espírito Santo do Pai e o problema da relação entre fé e obras são os problemas que apaixonam os homens de hoje e com o qual permanece ou cai a fé cristã?
O mundo caminhou adiante e nós estamos permanecemos presos a problemas e fórmulas que o mundo não conhece mais nem o significado. Discutamos ainda sobre como ocorre a justificação do pecador, em uma forma que perdeu o próprio sentido do pecado e o vê, cito, como «uma nefasta invenção judaica que o cristianismo propagou ao povo».
Nas batalhas medievais havia um momento no qual, superadas as infantarias, os arqueiros, a cavalaria e todo o resto, a multidão se concentrava em torno do rei. Ali se decidia o êxito final da batalha. Também para nós a batalha hoje está em torno do rei. Existem edifícios ou estruturas metálicas assim feitas que se se toca um certo ponto nevrálgico, ou se se tira uma certa pedra, tudo desaba. No edifício da fé cristã esta pedra angular é a divindade de Cristo. Removida esta, tudo se evapora e, antes de qualquer coisa, a fé da Trindade.
Daí se vê como existem hoje dois ecumenismos possíveis: um ecumenismo da fé e um ecumenismo da incredulidade; um que reúne todos aqueles que crêem que Jesus é o Filho de Deus, que Deus é Pai, Filho e Espírito Santo, e que Cristo morreu para salvar a todos os homens, e um que reúne todos aqueles que, em reverência ao símbolo de Nicéia, continuam a proclamar esta fórmula, mas esvaziando-a de seu verdadeiro conteúdo. Um ecumenismo no qual, no limite, todos crêem nas mesmas coisas, porque ninguém crê mais em nada, no sentido que a palavra «crer» tem no Novo Testamento.
«Quem é que vence o mundo, escreve João na Primeira Carta, se não quem crê que Jesus é o Filho de Deus?» (1 Jo 5, 5). Permanecendo neste critério, a fundamental distinção entre os cristãos não é entre católicos, ortodoxos e protestantes, mas entre aqueles que crêem que Cristo é o Filho de Deus e aqueles que não crêem.
* * *
«No segundo ano do rei Dario, no primeiro dia do sexto mês, esta palavra do Senhor foi revelada por meio do profeta Ageu a Zorobabel, filho de Salatiel, governador da Judéia, e a Josué, filho de Josedec, sumo sacerdote…: Parece-vos este o tempo de habitar tranqüilos em vossas casas bem cobertas, enquanto minha casa é ainda uma tenda?» (Ag 1, 1-4).
Esta palavra do profeta Ageu é voltada hoje a nós. É este o tempo de continuar a preocupar-nos só do que diz respeito a nossa ordem religiosa, nosso movimento, ou nossa Igreja? Não será justamente esta a razão pela qual também nós «semeamos muito, mas colhemos pouco» (Ag 1, 6)? Pregamos e agimos de todos os modos, mas convertemos poucas pessoas e o mundo se distancia, ao invés de aproximar-se de Cristo.
O povo de Israel escutou o apelo do profeta; cessou de ornamentar cada um a própria casa para reconstruírem juntos o templo de Deus. Deus então enviou de novo seu profeta com uma mensagem de consolação e de encorajamento: «Agora, coragem, Zorobabel – oráculo do Senhor – coragem, Josué, filho de Josedec, sumo sacerdote; coragem, povo todo do país, diz o Senhor, e ao trabalho, porque eu estou convosco» (Ag 2, 4). Coragem, vós todos que tendes no coração a causa da unidade dos cristãos, e ao trabalho, porque eu estou convosco, diz o Senhor!
[1] Cf. R. E. Brown, The Death of the Messiah, vol. 2, Doubleday, New York 1994, pp. 955-958.
[2] S. Cipriano, De unitate Ecclesiae, 7 (CSEL 3, p. 215).
[3] S. Agostino, Contra Faustum, 32,18 (CCL 321, p. 779).
[4] S. Agostino, Discorsi 269,3-4 (PL38, 1236 s.).
O sacerdote, segundo São João Maria Vianney
"Depois de Deus, o sacerdote é tudo".
"Ninguém pode recordar um benefício recebido de Deus, sem encontrar, ao lado desta lembrança, a figura de um padre".
"O Sacerdócio é o amor de Nosso Senhor Jesus Cristo".
"Quando um cristão avista um padre deve pensar em Nosso Senhor Jesus Cristo".
"Se a Igreja não tivesse o sacramento da ordem, não teríamos entre nós Jesus Cristo"
"Quem coloca Jesus no Sacrário? O padre.
Quem acolheu nossa alma na entrada da vida? O padre.
Quem alimenta nossa vida na peregrinação terrestre? O padre.
Quem prepara nossa alma para comparecer diante de Deus? O padre.
É o padre quem dá continuidade a obra da redenção na terra".
"O padre deve estar sempre pronto para responder às necessidades das almas".
"No lugar onde não há mais o padre não há mais o sacrifício da missa".
"Deixai uma paróquia sem padre por vinte anos, e ai se adorarão os animais".
"Quando alguém quer destruir a religião, sempre se começa por atacar e destruir o padre".
"Quanto é triste um padre que não tenha vida interior. Mas para tê-la, é preciso que haja tranqüilidade, silêncio e o retiro espiritual".
"O que nos impede de sermos santos, a nós, os padres, é a falta de reflexão. Nós não encontramos em nós mesmos, não sabemos o que estamos fazendo. O que nos falta é a reflexão, a oração e a união com Deus".
Frases de São Pio de Pietralcina
Diante de Deus ajoelhe-se sempre.
Seja perseverante nas orações e nas santas leituras.
- Dirás tu o mais belo dos credos quando houver noite em redor de ti, na hora do sacrifício, na dor, no supremo esforço duma vontade inquebrantável para o bem. Este credo é como um relâmpago que rasga a escuridão de teu espírito e no seu brilho te eleva a Deus.
- Menosprezai vossas tentações e não vos demoreis nelas. Imaginai estar na presença de Jesus. O crucificado se lança em vossos braços e mora no vosso coração. Beijai-Lhe a chaga do lado, dizendo: ‘Aqui está minha esperança; a fonte viva da minha felicidade. Seguro-vos, ó Jesus, e não me aparto de vós, até que me tenhais posto a salvo.
- O amor é a rainha das virtudes. Como as pérolas se ligam por um fio, assim as virtudes, pelo amor. Fogem as pérolas quando se rompe o fio. Assim também as virtudes se desfazem afastando-se o amor.
- É preciso amar, amar e nada mais.
- Quando Jesus vem a nós na santa comunhão, encontra alegria em Sua criatura. Por nossa parte, procuremos Nele a nossa alegria.
- O santo silêncio nos permite ouvir mais claramente a voz de Deus.
- Quando te encontrares diante de Deus, na oração considera-te banhado na luz da verdade, fala-lhe se puderes, deixa simplesmente que te veja e não tenhas
preocupação alguma.
- Quanto mais te deixares enraizar na santa humildade, tanto mais íntima será a comunicação da tua alma com Deus.
- Resigna-te a ser neste momento uma pequena abelha. E enquanto esperas ser uma grande abelha, ágil, hábil, capaz de fabricar bom mel, humilha-te com muito amor perante Deus e os homens, pois Deus fala aos que se mantêm diante dele humildemente.
- Uma só coisa é necessária: estar perto de Jesus.
- As almas não são oferecidas como dom; compram-se. Vós ignorais quanto custaram a Jesus. É sempre com a mesma moeda que é preciso pagá-las.
- Imitemos o coração de Jesus, especialmente na dor, e assim nos conformaremos cada vez mais e mais com este coração divino para que, um dia, lá em cima no Céu, também nós possamos glorificar o Pai celeste ao lado daquele que tanto sofreu.
- O verdadeiro servo de Deus é aquele que usa a caridade para com seu próximo, que está decidido a fazer a vontade de Deus a todo custo, que vive em profunda humildade e simplicidade.
- O trabalho é tão sagrado como a oração.
- A maior alegria de um pai é que os filhos se amem, formem um só coração e uma só alma. Não fostes vós que me escolhestes, mas o pai celeste que, na minha primeira
missa, me fez ver todos os filhos que me confiava.
- Rezai e continuai a rezar para não ficardes entorpecidos.
- “As almas! As almas! Se alguém soubesse o preço que custam”.(Padre Pio)
- “O homem sem Deus é um ser mutilado”.(Padre Pio)
- “Deus nunca me recusou um pedido”.(Padre Pio)
O sábio elogia a mulher forte dizendo: os seu dedos manejaram o fuso. A roca é o alvo dos seus desejos. Fie, portanto, cada dia um pouco. Puxe fio a fio até a
execução e, infalivelmente, você chegará ao fim. Mas não tenha pressa, pois senão você poderá misturar o fio com os nós e embaraçar tudo.” (Padre Pio)
“O temor e a confiança devem dar as mãos e proceder como irmãos. Se nos damos conta de que temos muito temor devemos recorrer à confiança. Se confiamos excessivamente devemos ter um pouco de temor”. (Padre Pio)
Como distinguir uma tentação de um pecado e como estar certo de que não se pecou? – perguntou um penitente. Padre Pio sorriu e respondeu: “Como se distingue um burro de um homem? O burro tem de ser conduzido; o homem conduz a si mesmo!” (Padre Pio)
“O Senhor se comunica conosco à medida que nos libertamos do nosso apego aos sentidos, que sacrificamos nossa vontade própria e que edificamos nossa vida na humildade.” (Padre Pio)
“Deus é servido apenas quando é servido de acordo com a Sua vontade.” (Padre Pio)
“Tenhamos sempre horror ao pecado mortal e nunca deixemos de caminhar na estrada da santa eternidade.” (Padre Pio)
“Que Nossa Senhora nos obtenha o amor à cruz, aos sofrimentos e às dores.” (Padre Pio)
“O Senhor sempre orienta e chama; mas não se quer segui-lo e responder-lhe, pois só se vê os próprios interesses. Às vezes, pelo fato de se ouvir sempre a Sua voz, ninguém mais se apercebe dela; mas o Senhor ilumina e chama. São os homens que se colocam na posição de não conseguir mais escutar.” (Padre Pio)
Por que a tentação passada deixa na alma uma certa perturbação? perguntou um penitente a Padre Pio. Ele respondeu: “Você já presenciou um tremor de terra? Quando tudo estremece a sua volta, você também é sacudido; no entanto, não necessariamente fica enterrado nos destroços!” (Padre Pio)
“Como é belo esperar!” (Padre Pio)
“Para mim, Deus está sempre fixo na minha mente e estampado no meu coração.” (Padre Pio)
“Ouço interiormente uma voz que constantemente me diz: Santifique-se e santifique!”
(Padre Pio)
“Subamos sem nos cansarmos, sob a celeste vista do Salvador. Distanciemo-nos das
afeições terrenas. Despojemo-nos do homem velho e vistamo-nos do homem novo.
Aspiremos à felicidade que nos está reservada.” (Padre Pio)
“Mesmo a menor transgressão às leis de Deus será levada em conta.” (Padre Pio
Deus ama quem segue o caminho da virtude.” (Padre Pio)
“Comunguemos com santo temor e com grande amor.” (Padre Pio)
“Nossa Senhora recebeu pela inefável bondade de Jesus a força de suportar até o fim as provações do seu amor. Que você também possa encontrar a força de perseverar com o Senhor até o Calvário!” (Padre Pio)
Tente percorrer com toda a simplicidade o caminho de Nosso Senhor e não se aflija inutilmente.”(P.e Pio)
“O medo excessivo nos faz agir sem amor, mas a confiança excessiva não nos deixa considerar o perigo que vamos enfrentar”. (Padre Pio)
“Onde não há obediência, não há virtude. Onde não há virtude, não há bem, não há amor; e onde não há amor, não há Deus; e sem Deus não se chega ao Paraíso. Tudo isso é como uma escada: se faltar um degrau, caímos”. (Padre Pio)
“Desapegue-se daquilo que não é de Deus e não leva a Deus”. (Padre Pio)
“Que Nossa Senhora aumente a graça em você e a faça digna do Paraíso”. (Padre Pio)
“Nas tribulações é necessário ter fé em Deus.” (Padre Pio)
“O Santo Rosário é a arma daqueles que querem vencer todas as batalhas.” (Padre Pio)
“Queira o dulcíssimo Jesus conservar-nos na Sua graça e dar-nos a felicidade de
sermos admitidos, quando Ele quiser, no eterno convívio…” (Padre Pio)
“Quanto mais se caminha na vida espiritual, mais se sente a paz que se apossa de nós.” (Padre Pio)
“Que Jesus o aperte sempre mais ao Seu divino coração. Que Ele o alivie no sofrimento e lhe dê o abraço final no Paraíso.” (Padre Pio)
“O bem dura eternamente.” (Padre Pio)
“Deve-se caminhar em nuvens cada vez que se termina uma confissão!” (Padre Pio)
“Lembre-se de que você tem no Céu não somente um pai, mas também uma Mãe”. (Padre Pio)
“O amor nada mais é do que o brilho de Deus nos homens”. (Padre Pio)
“O passado não conta mais para o Senhor. O que conta é o presente e estar atento e pronto para reparar o que foi feito.” (Padre Pio)
“Se você fala das próprias virtudes para se exibir ou para vã ostentação perde todo o mérito.” (Padre Pio)
“De todos os que vierem pedir meu auxílio, nunca perderei nenhum!” (Padre Pio)
O Pai celeste está sempre disposto a contentá-lo em tudo o que for para o seu bem”. (Padre Pio)
“Um filho espiritual perguntou a Padre Pio: Como posso recuperar o tempo perdido?
Padre Pio respondeu-lhe “Multiplique suas boas obras!” (Padre Pio)
“Diga ao Senhor: Faça em mim segundo a Tua vontade, mas antes de mandar-me o sofrimento, dê-me forças para que eu possa sofrer com amor.”. (Padre Pio)
“A cada vitória sobre o pecado corresponde um grau de glória eterna”. (Padre Pio)
“Feliz a alma que atinge o nível de perfeição que Deus deseja!” (Padre Pio)
“Proponha-se a exercitar-se nas virtudes”. (Padre Pio)
“A sua casa deve ser uma escada para o Céu”. (Padre Pio)
“Quem te agita e te atormenta é o demônio.Quem te consola é Deus”! (Padre Pio)
“De que vale perder-se em vãos temores?” (Padre Pio)
“Agradeça sempre ao Pai eterno por sua infinita misericórdia”. (Padre Pio)
“Pense na felicidade que está reservada para nós no Paraíso”. (Padre Pio)
“É loucura fixar o olhar no que rapidamente passa”. (Padre Pio)
“Amar significa dar aos outros – especialmente a quem precisa e a quem sofre – o que de melhor temos em nós mesmos e de nós mesmos; e de dá-lo sorridentes e felizes, renunciando ao nosso egoísmo, à nossa alegria, ao nosso prazer e ao nosso orgulho”.
(Padre Pio)
“Seja paciente e espere com confiança o tempo do Senhor”. (Padre Pio)
“Invoquemos sempre o auxílio de Nossa Senhora.” (Padre Pio)
“No juízo final daremos contas a Deus até de uma palavra inútil que tenhamos dito.” (Padre Pio)
“Para consolar uma alma na sua dor, mostre todo o bem que ela ainda pode fazer”. (Padre Pio)
“Apóie-se, como faz Nossa Senhora, à cruz de Jesus e nunca lhe faltará conforto”. (Padre Pio)
“Se precisamos ter paciência para suportar os defeitos dos outros, quanto mais ainda
precisamos para tolerar nossos próprios defeitos!” (Padre Pio)
“Enquanto estivermos vivos sempre seremos tentados. A vida é uma contínua luta. Se
às vezes há uma trégua é para respirarmos um pouco.” (Padre Pio)
“Que Maria sempre enfeite sua alma com as flores e o perfume de novas virtudes e coloque a mão materna sobre sua cabeça. Fique sempre e cada vez mais perto de nossa Mãe celeste, pois ela é o mar que deve ser atravessado para se atingir as praias do
esplendor eterno no reino do amanhecer.” (Padre Pio)
“Meu Deus, perdoa-me. Nunca Te ofereci nada na minha vida e, agora, por este pouco que estou sofrendo, em comparação a tudo o que Tu sofreste na Cruz, eu reclamo injustamente!” (Padre Pio)
“Os talentos de que fala o Evangelho são os cinco sentidos, a inteligência e a vontade. Quem tem mais talentos, tem maior dever de usá-los para o bem dos outros.” (Padre Pio)
“Pobres e desafortunadas as almas que se envolvem no turbilhão de preocupações deste mundo. Quanto mais amam o mundo, mais suas paixões crescem, mais queimam de desejos, mais se tornam incapazes de atingir seus objetivos. E vêm, então, as inquietações,
as impaciências e terríveis sofrimentos profundos, pois seus corações não palpitam com a caridade e o amor. Rezemos por essas almas desafortunadas e miseráveis, para que Jesus, em Sua infinita misericórdia, possa perdoá-las e conduzi-las a Ele.”
(Padre Pio)
“Um dia você verá surgir o infalível triunfo da justiça Divina sobre a injustiça humana”. (Padre Pio)
“Há duas razões principais para se orar com muita satisfação: primeiro para render a Deus a honra e a glória que Lhe são devidas. Segundo, para falar com
Ele e ouvir a Sua voz por meio das Suas inspirações e iluminações interiores.” (Padre Pio)
“O meu passado, Senhor, à Tua misericórdia. O meu Presente, ao Teu amor. O meu futuro, à Tua Providência.” (Padre Pio)
“O passado não conta mais para o Senhor. O que conta é o presente e estar atento e pronto para reparar o que foi feito.” (Padre Pio)
“Quando fizer o bem, esqueça. Se fizer o mal, pense no que fez e se arrependa.” (Padre Pio)
“Se quiser me encontrar, vá visitar Jesus Sacramentado; eu também estou sempre lá.”
(Padre Pio)
“Pense em Jesus flagelado por amor a você, e ofereça com generosidade um sacrifício
a Ele”. (Padre Pio)
“Devemos odiar os nossos pecados, visto que o amor ao Senhor significa paz”. (Padre Pio)
“Mesmo quando perdemos a consciência deste mundo, quando parecemos já mortos, Deus
nos dá ainda uma chance de entender o que é realmente o pecado, antes de nos julgar. E se entendemos corretamente, como podemos não nos arrepender?” (Padre Pio)
“Temos muita facilidade para pedir, mas não para agradecer”. (Padre Pio)
“Peçamos a São José o dom da perseverança até o final”. (Padre Pio)
“Padre, eu não acredito no inferno – falou um penitente. Padre Pio disse: Acreditará quando for para lá?” (Padre Pio)
O maldito “eu” o mantém apegado à Terra e o impede de voar para Jesus. (Padre Pio)
“O mais belo Credo é o que se pronuncia no escuro, no sacrifício, com esforço”. (Padre Pio)
“E’ na dor que o amor se torna mais forte.” (Padre Pio)
“Padre Pio disse a um filho espiritual: Trabalhe! Ele perguntou: No que devo trabalhar, Padre? Ele respondeu: Em amar sempre mais a Jesus!” (Padre Pio)
“O demônio é forte com quem o teme, mas é fraquíssimo com quem o despreza.” (Padre Pio)
“Quando ofendemos a justiça de Deus, apelamos à Sua misericórdia. Mas se ofendemos a Sua misericórdia, a quem podemos apelar? Ofender o Pai que nos ama e insultar quem nos auxilia é um pecado pelo qual seremos severamente julgados.” (Padre Pio)
“A sua função é tirar e transportar as pedras, e arrancar os espinhos. Jesus é quem semeia, planta, cultiva e rega. Mas seu trabalho também é obra de Jesus. Sem Ele você nada pode fazer.” (Padre Pio)
Jesus lhe quer bem, da maneira que só Ele sabe amar.” (Padre Pio)
“A sua função é tirar e transportar as pedras, e arrancar os espinhos. Jesus é quem semeia, planta, cultiva e rega. Mas seu trabalho também é obra de Jesus. Sem Ele você nada pode fazer.” (Padre Pio)
“Amemos ao próximo. Custa tão pouco querer bem ao outro.” (Padre Pio)
“Deus sempre nos dá o que é melhor para nós.” (Padre Pio)
A humildade e a caridade são as “cordas mestras”. Todas as outras virtudes dependem delas. Uma é a mais baixa; a outra é a mais alta. ( P.e Pio )
A firmeza de todo o edifício depende da fundação e do teto! (Padre Pio)
“O grau sublime da humildade é não só reconhecer a abnegação, mas amá-la.” (Padre Pio)
“Você deve ter sempre prudência e amor. A prudência tem olhos; o amor tem pernas. O amor, como tem pernas, gostaria de correr a Deus. Mas seu impulso de deslanchar na direção dEle é cego e, algumas vezes, pode tropeçar se não for guiado pela
prudência, que tem olhos.” (Padre Pio)
“Jesus e a sua alma devem cultivar a vinha de comum acordo.” (Padre Pio
“Façamos o bem, enquanto temos tempo à nossa disposição. Assim, daremos glória ao nosso Pai celeste, santificaremos nós mesmos e daremos bom exemplo aos outros.” (Padre Pio)
“Seja paciente nas aflições que o Senhor lhe manda.” (Padre Pio)
“Viva sempre sob o olhar do Bom Pastor e você ficara’ imune aos pastos contaminados.” (Padre Pio)
“Lembre-se de que os santos foram sempre criticados pelas pessoas deste mundo, e puseram sob seus pés o mundo e as suas máximas .” (Padre Pio)
“Esforce-se, mesmo se for um pouco, mas sempre…” (Padre Pio)
“Todas as pessoas que escolhem a melhor parte (viver em Cristo) devem passar pelas dores de Cristo; algumas mais, algumas menos…” (Padre Pio)
“Que Jesus o mergulhe no esplendor da Sua imortal juventude.” (Padre Pio)
“Quanto maiores forem os dons, maior deve ser sua humildade, lembrando de que tudo lhe foi dado como empréstimo.”(Pe Pio)
“Para que se preocupar com o caminho pelo qual Jesus quer que você chegue à pátria celeste – pelo deserto ou pelo campo – quando tanto por um como por outro se chegará da mesma forma à beatitude eterna?” (Padre Pio)
“Para consolar uma alma na sua dor, mostre-lhe todo o bem que ela ainda pode fazer.” (Padre Pio)
“A caridade é o metro com o qual o Senhor nos julgará.” (Padre Pio)
“Nossa Senhora recebeu pela inefável bondade de Jesus a força de suportar até o fim as provações do seu amor. Que você também possa encontrar a força de perseverar com o Senhor até o Calvário!” (Padre Pio)
“Deus não opera prodígios onde não há fé.” (Padre Pio)
“Seja modesto no olhar.” (Padre Pio)
“Para mim, Deus está sempre fixo na minha mente e estampado no meu coração.” (Padre Pio)
“Como é belo esperar!” (Padre Pio)
Por que a tentação passada deixa na alma uma certa perturbação? perguntou um penitente a Padre Pio. Ele respondeu: “Você já presenciou um tremor de terra? Quando tudo estremece a sua volta, você também é sacudido; no entanto, não necessariamente
fica enterrado nos destroços!” (Padre Pio)
“O Senhor sempre orienta e chama; mas não se quer segui-lo e responder-lhe, pois só se vê os próprios interesses. Às vezes, pelo fato de se ouvir sempre a Sua voz, ninguém mais se apercebe dela; mas o Senhor ilumina e chama. São os homens que se
colocam na posição de não conseguir mais escutar.” (Padre Pio)
“Que Nossa Senhora nos obtenha o amor à cruz, aos sofrimentos e às dores.” (Padre Pio)
“Tenhamos sempre horror ao pecado mortal e nunca deixemos de caminhar na estrada da santa eternidade.” (Padre Pio)
“Deus é servido apenas quando é servido de acordo com a Sua vontade.”(Padre Pio)
“O Senhor se comunica conosco à medida que nos libertamos do nosso apego aos sentidos, que sacrificamos nossa vontade própria e que edificamos nossa vida na humildade.” (Padre Pio)
“Não nos preocupemos quando Deus põe à prova a nossa fidelidade. Confiemo-nos à Sua vontade; é o que podemos fazer. Deus nos libertará, consolará e enorajará.” (Padre Pio)
“O temor e a confiança devem dar as mãos e proceder como irmãos. Se nos damos conta
de que temos muito temor devemos recorrer à confiança. Se confiamos excessivamente
devemos ter um pouco de temor”. (Padre Pio)
“O sábio elogia a mulher forte dizendo: os seu dedos manejaram o fuso. A roca é o alvo dos seus desejos. Fie, portanto, cada dia um pouco. Puxe fio a fio até a
execução e, infalivelmente, você chegará ao fim. Mas não tenha pressa, pois senão você poderá misturar o fio com os nós e embaraçar tudo.” (Padre Pio)
“A caridade é o metro com o qual o Senhor nos julgará.” (Padre Pio)
“Para consolar uma alma na sua dor, mostre-lhe todo o bem que ela ainda pode fazer.” (Padre Pio)
“Para que se preocupar com o caminho pelo qual Jesus quer que você chegue à pátria celeste – pelo deserto ou pelo campo – quando tanto por um como por outro se chegará da mesma forma à beatitude eterna?” (Padre Pio)
“Quanto maiores forem os dons, maior deve ser sua humildade, lembrando de que tudo lhe foi dado como empréstimo.” (Padre Pio)
“Comunguemos com santo temor e com grande amor.” (Padre Pio)
“Tente percorrer com toda a simplicidade o caminho de Nosso Senhor e não se aflija inutilmente.” (Padre Pio)
“Deus ama quem segue o caminho da virtude.” (Padre Pio)
“Mesmo a menor transgressão às leis de Deus será levada em conta.” (Padre Pio)
“Subamos sem nos cansarmos, sob a celeste vista do Salvador. Distanciemo-nos das afeições terrenas. Despojemo-nos do homem velho e vistamo-nos do homem novo. Aspiremos à felicidade que nos está reservada.” (Padre Pio)
“Caminhe com alegria e com o coração o mais sincero e aberto que puder. E quando não conseguir manter esta santa alegria, ao menos não perca nunca o valor e a confiança
em Deus.” (Padre Pio)
“Ouço interiormente uma voz que constantemente me diz: Santifique-se e santifique!” (Padre Pio)
“Que Nossa Mãe do Céu tenha piedade de nós e com um olhar maternal levante-nos, purifique-nos e eleve-nos a Deus.” (Padre Pio)
“Não há nada mais inaceitável do que uma mulher caprichosa, frívola e arrogante, especialmente se é casada. Uma esposa cristã deve ser uma mulher de profunda piedade em relação a Deus, um anjo de paz na família, digna e agradável em relação ao próximo.” (Padre Pio)
“Nossa Senhora está sempre pronta a nos socorrer, mas por acaso o mundo a escuta e se emenda?” (Padre Pio)
“Seja grato e beije docemente a mão de Deus. É sempre a mão de um pai que pune porque lhe quer bem” (Padre Pio)
“Você teme um homem,um pobre instrumento nas mãos de Deus, mas não teme a justiça divina?” (Padre Pio)
Uma filha espiritual perguntou a Padre Pio: “O Senhor cura tantas pessoas, por que não cura esta sua filha espiritual?” Padre Pio respondeu-lhe em voz baixa: “E não nos oferecemos a Deus?”
“A divina bondade não só não rejeita as almas arrependidas, como também vai em busca das almas teimosas”. (Padre Pio)
“Pode-se manter a paz de espírito mesmo no meio das tempestades da vida”. (Padre Pio)
“Caminhe sempre e somente no bem e dê, cada dia, um passo à frente na linha vertical, de baixo para cima.” (Padre Pio)
“A oração é a efusão de nosso coração no de Deus.” (Padre Pio)
“Nunca vá se deitar sem antes examinar a sua consciência sobre o dia que passou. Enderece todos os seus pensamentos a Deus, consagre-lhe todo o seu ser e também todos os seus irmãos. Ofereça à glória de Deus o repouso que você vai iniciar e não
esqueça do seu Anjo da Guarda que está sempre com você.” (Padre Pio)
“A meditação não é um meio para chegar a Deus, mas um fim. A finalidade da meditação é o amor a Deus e ao próximo.” (Padre Pio)
“Viva feliz. Sirva ao Senhor alegremente e com o espírito despreocupado.” (Padre Pio)
“Mantenha-se sempre muito unido à Igreja Católica, pois somente ela pode lhe dar a verdadeira paz, porque somente ela possui Jesus Sacramentado que é o verdadeiro príncipe da paz.” (Padre Pio)
“Não desperdice suas energias em coisas que geram preocupação, perturbação e ansiedade. Uma coisa somente é necessária: elevar o espírito e amar a Deus.” (Padre Pio)
“Procuremos servir ao Senhor com todo o coração e com toda a vontade. Ele nos dará sempre mais do que merecemos.” (Padre Pio)
“Que Jesus reine sempre soberano no seu coração e o faça cada vez mais digno de seus divinos dons.” (Padre Pio)
“O demônio é forte com quem o teme, mas é fraco com quem o despreza.” (Padre Pio)
“Reflita no que escreve, pois o Senhor vai lhe pedir contas disso.” (Padre Pio)
“O Coração de Jesus não deixará cair no vazio a nossa oração se ela for plena de fé e de confiança.” (Padre Pio)
“A pessoa que nunca medita é como alguém que nunca se olha no espelho e, assim, não se cuida e sai desarrumada. A pessoa que medita e dirige seus pensamentos a Deus, que é o espelho de sua alma, procura conhecer seus defeitos, tenta corrigi-los,
modera seus impulsos e põe em ordem sua consciência.” (Padre Pio)
“É sempre necessário ir para a frente, nunca para trás, na vida espiritual. O barco que pára em vez de ir adiante é empurrado para trás pelo vento.” (Padre Pio)
“Não sejamos mesquinhos com Deus que tanto nos enriquece.” (Padre Pio)
“O amor tudo esquece, tudo perdoa, sem reservas.” (Padre Pio)
“Na igreja se fala somente com Deus.” (Padre Pio)
“Não se fixe voluntariamente naquilo que o inimigo da alma lhe apresenta.” (Padre Pio)
“Reze pelos infiéis, pelos fervorosos, pelo Papa e por todas as necessidades espirituais e temporais da Santa Igreja, nossa terna mãe. E faça uma oração
especial por todos os que trabalham para a salvação das almas e para a glória do nosso Pai celeste.” (Padre Pio)
“Se você não entrega seu coração a Deus, o que lhe entrega?”(Padre Pio) “Você deve seguir outra estrada. Tire de seu coração todas as paixões deste
mundo, humilhe-se na poeira e reze! Dessa forma, certamente você encontrará Deus, que lhe dará paz e serenidade nesta vida e a eterna beatitude na próxima.” (Padre Pio)
“Sigamos o caminho que nos conduz a Deus.” (Padre Pio)
“A natureza humana também quer a sua parte. Até Maria, Mãe de Jesus, que sabia que por meio de Sua morte a humanidade seria redimida, chorou e sofreu – e como sofreu!” (Padre Pio)
“Cuide de estar sempre em estado de graça.” (Padre Pio)
“Não se desencoraje, pois, se na alma existe o contínuo esforço de melhorar, no final o Senhor a premia fazendo nela florir, de repente, todas as virtudes como num jardim florido.” (Padre Pio)
“É necessário manter o coração aberto para o Céu e aguardar, de lá, o celeste orvalho.” (Padre Pio)
“Onde há mais sacrifício, há mais generosidade.” (Padre Pio)
“Enquanto tiver medo de ser infiel a Deus, você não será’. Deve-se ter medo quando o medo acaba!” (Padre Pio)
“Reze, reze! Quem muito reza se salva e salva os outros. E qual oração pode ser mais bela e mais aceita a Nossa Senhora do que o Rosario?” (Padre Pio)
“A ingenuidade e’ uma virtude, mas apenas ate certo ponto; ela deve sempre ser acompanhada da prudência. A astúcia e a safadeza, por outro lado, são diabólicas e podem causar muito mal.” (Padre Pio)
“Cada Missa lhe obtém um grau mais alto de gloria no Céu!” (Padre Pio)
“Se você tem dúvidas sobre a fé é exatamente porque tem fé!” (Padre Pio)
“A prática das bem-aventuranças não requer atos de heroísmo, mas a aceitação simples e humilde das várias provações pelas quais a pessoa passa.” (Padre Pio)
“A maior caridade é aquela que arranca as pessoas vencidas pelo demônio, a fim de ganhá-las para Cristo. E isso eu faço assiduamente, noite e dia.” (Padre Pio)
“Aquele que procura a vaidade das roupas não conseguirá jamais se revestir com a vida de Jesus Cristo.” (Padre Pio)
“Quando o dia seguinte chegar, ele também será chamado de hoje e, então, você pensará nele. Tenha sempre muita confiança na Divina Providência.” (Padre Pio)
“É doce o viver e o penar para trazer benefícios aos irmãos e para tantas almas que, vertiginosamente, desejam se justificar no mal, a despeito do Bem Supremo.” (Padre Pio)
“O Santo Sacrifício da Missa é o sufrágio mais eficaz, que ultrapassa todas as orações, as boas obras e as penitências. Infalivelmente produz seu efeito para vantagem das almas por sua virtude própria e imediata.” (Padre Pio)
“Combata vigorosamente, se está interessado em obter o prêmio destinado às almas fortes.” (Padre Pio)
“Não queremos aceitar o fato de que o sofrimento é necessário para nossa alma e de que a cruz deve ser o nosso pão cotidiano. Assim como o corpo precisa ser
nutrido, também a alma precisa da cruz, dia a dia, para purificá-la e desapegá-la das coisas terrenas. Não queremos entender que Deus não quer e não
pode salvar-nos nem santificar-nos sem a cruz. Quanto mais Ele chama uma alma a
Si, mais a santifica por meio da cruz.” (Padre Pio)
“Nunca se canse de rezar e de ensinar a rezar.” (Padre Pio)
“Todas as percepções humanas, de onde quer que venham, incluem o bem e o mal. É necessário saber determinar e assimilar todo o bem e oferecê-lo a Deus, e eliminar todo o mal.” (Padre Pio)
“Faltar com a caridade¨¦ como ferir a pupila dos olhos de Deus.”(Padre Pio)
“Há alegrias tão sublimes e dores tão profundas que não se consegue exprimir com palavras. O silêncio é o último recurso da alma, quando ela está inefavelmente feliz ou extremamente oprimida!” (Padre Pio)
“Seria mais fácil a Terra existir sem o sol do que sem a santa Missa!”(Padre Pio)
“Os corações fortes e generosos não se lamentam, a não ser por grandes motivos e,ainda assim,não permitem que tais motivos penetrem fundo no seu íntimo.(P.e Pio)
“Recorramos a Jesus e não às pessoas, pois só ele nunca nos faltará.”(Padre Pio)
“Jesus vê, conhece e pesa todas as suas ações.”(Padre Pio)
“Sejam como pequenas abelhas espirituais, que levam para sua colméia apenas mel e cera. Que, por meio de sua conversa, sua casa seja repleta de docilidade, paz, concórdia, humildade e piedade!” (Padre Pio)
“Quando a videira se separa da estaca que a sustenta, cai, e ao ficar na terra apodrece com todos os cachos que possui. Alerta, portanto, o demônio não dorme!”
(Padre Pio)
“Deus quer que as suas misérias sejam o trono da Sua misericórdia.” (Padre Pio)
“Leve Deus aos doente; valera’ mais do que qualquer tratamento!” (Padre Pio)
“A mansidão reprime a ira.” (Padre Pio)
“Não abandone sua alma à tentação, diz o Espírito Santo, já que a alegria do coração é a vida da alma e uma fonte inexaurível de santidade.” (Padre Pio)
“Jesus está com você, e o Cireneu não deixa de ajudar-te a subir o Calvário.” (Padre Pio)
“Vive-se de fé, não de sonhos.” (Padre Pio)
“Submeter-se não significa ser escravo, mas ser livre para receber santos conselhos.” (Padre Pio)
“Todas as graças que pedimos no nome de Jesus são concedidas pelo Pai eterno.” (Padre Pio)
“Uma Missa bem assistida em vida será mais útil à sua salvação do que tantas outras que mandarem celebrar por você após sua morte!” (Padre Pio)
“Como Jesus, preparemo-nos a duas ascensões: uma ao Calvário e outra ao Céu. A ascensão ao Calvário, se não for alegre, deve ao menos ser resignada!” (Padre Pio)
“Nas tentações, combata com coragem! Nas quedas, humilhe-se mas não desanime!” (Padre Pio)
“No tumulto das paixões terrenas e das adversidades, surge a grande esperança da misericórdia inexorável de Deus. Corramos confiantes ao tribunal da penitência onde Ele, com ansiedade paterna, espera-nos a todo instante.” (Padre Pio)
“Que o Espírito Santo guie a sua inteligência, faça-o descobrir a verdade escondida na Sagrada Escritura e inflame a sua vontade para praticá-la.”(Padre Pio)
“Se tanta atenção é dada aos bens desta Terra, quanto mais se deve dar aos do Céu? Faça, portanto, uma boa leitura espiritual, a santa meditação, o exame de
consciência, e fará progresso na perfeição cristã e no amor de Jesus.”(Padre Pio)
“O amor e o temor devem sempre andar juntos. O temor sem amor torna-se covardia.
O amor sem temor torna-se presunção.” (Padre Pio)
“Não se desencoraje se você precisa trabalhar muito para colher pouco. Se você pensasse em quanto uma só alma custou a Jesus, você nunca reclamaria!”(Padre Pio)
“Que Maria seja toda a razão da sua existência e o guie ao porto seguro da eterna salvação. Que Ela lhe sirva de doce modelo e inspiração na virtude da
santa humildade.”(Padre Pio)
“Se quisermos colher é necessário não só semear, mas espalhar as sementes num bom campo. Quando as sementes se tornarem plantas, devemos cuidá-las para que as novas plantas não sejam sufocadas pelas ervas daninhas.”(Padre Pio)
“Não se aflija a ponto de perder a paz interior. Reze com perseverança, com confiança, com calma e serenidade.” (Padre Pio)
“.É difícil tornar-se santo. Difícil, mas não impossível. A estrada da perfeição é longa, tão longa quanto a vida de cada um. O consolo é o repouso no decorrer do caminho. Mas, apenas restauradas as forças, é necessário levantar-se rapidamente e retomar a viagem!” (Padre Pio)
O mal não se vence com o mal, mas com o bem, que tem em si uma força sobrenatural.
A mulher forte é a que tem temor de Deus, a que mesmo à custa de sacrifício faz a vontade de Deus.
O Anjo de Deus não nos abandona jamais.
Somente por meio de Jesus podemos esperar a salvação.
O Senhor nos dá tantas graças e nós pensamos que tocamos o céu com um dedo. Não sabemos, no entanto, que para crescer precisamos de pão duro, das cruzes, das humilhações, das provações e das contradições.
Devo fazer somente a vontade de Deus e, se lhe agrado, o restante não conta.
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