Ao criar este blog, gostaria de propor reflexões, mensagens e apontamentos sobre aspectos relevantes a fé e tudo aquilo que ensina a Santa Igreja, através de seu magistério, da Liturgia e dos demais meios que nos são propostos pela mesma Igreja. Espero que todos gostem deste novo blog. Grande abraço a todos, sejam bem vindos!
sábado, 21 de agosto de 2010
Preparada pelo Altíssimo, prometida pelos Patriarcas.
Segunda leitura
Das homilias em louvor da Virgem-Mãe, de São Bernardo de Claraval, abade (sec. XII) São Bernardo de Claraval
A Deus competia nascer de uma virgem unicamente; e era claro que do parto da Virgem somente viesse Deus á luz. Por este motivo, o Criador dos homens, para se fazer homem nascido de ser humano, devia dentre todas escolher, ou melhor, criar para si a mãe tal, como sabia convir a si e ser-lhe agradável em tudo.
Quis então que fosse uma virgem. Da imaculada nascendo o imaculado, aquele que purificaria as máculas de todos.
Ele a quis também humilde, donde proviesse o manso e humilde de coração, que iria mostrar a todos o necessário e salubérrimo exemplo das virtudes. Concedeu, pois, á Virgem a fecundidade, a ela a quem já antes inspirava o voto de virgindade e lhe antecipara o mérito da humildade.
A não ser assim, como poderia o anjo dizê-la cheia de graça, se algo, por mínimo que fosse, faltasse á graça? Assim, aquela que iria conceber e dar á luz o Santo dos santos, recebeu o dom da virgindade para que fosse santa no corpo, e, para ser santa no espírito, recebeu o dom da humildade.
Esta Virgem régia, ornada com ás jóias das virtudes, refulgente pela dupla majestade da alma e do corpo, por sua beleza e formosura conhecida nos céus, atraiu sobre si o olhar dos anjos. Até atraiu sobre si a atenção do Rei, que a desejou e arrebatou das alturas até si o mensageiro celeste.
O anjo foi enviado á Virgem (Lc 1, 26-27). Virgem na alma, virgem na carne, virgem pelo propósito, virgem enfim tal como descreve o Apóstolo, santa de espírito e de corpo. Não pouco antes, nem por acaso encontrada, mas eleita desde o princípio dos séculos, conhecida pelo Altíssimo e, preparada para ele, guardada pelos anjos, prefigurada pelos patriarcas, prometida pelos profetas.
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