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"Ele manifestou sua força em Cristo, quando o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se à sua direita nos céus, bem acima de toda a autoridade, poder, potência, soberania, ou qualquer título que se possa mencionar, não somente neste mundo, mas ainda no mundo futuro. Sim, ele pôs tudo sob seus pés e fez dele, que está acima de tudo, a Cabeça da Igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que possui a plenitude universal." (Ef 1 , 20 - 23)
O Apóstolo Paulo com tais palavras nos leva á contemplação do grande Mistério de Deus. Ele pôs aos pés de Cristo todas as coisas, tudo é dEle e para Ele. Cristo, o Ressuscitado, recebeu de Deus toda a soberania e majestade. O prêmio de seus sofrimentos é a glorificação da parte de Deus Pai. Aquele que sofreu os tormentos da morte e da incompreensão humana, sobe agora aos céus e retorna ao Pai. Deste modo, abre para nós o céu e nos dá a possibilidade de chegar até Deus. Que belo Mistério! O Onipotente, eleva a carne e leva consigo a nossa humanidade. O céu agora nos espera, pois o Senhor glorioso, o Vencedor, o Deus dos deuses, inaugurou uma vida nova para os seus. Aí está o fato da Ascensão: Ele preparou para nós um lugar.
Quando o primeiro astronauta Yuri Gagarin em 1961 realizou o primeiro vôo espacial, retornando à terra fez declaração surpreendente; “Fui até o céu, mas Deus não encontrei”. Ao invés, nós hoje, em todas as igrejas da cristandade, celebramos a festa da Ascensão ao céu do Senhor. O verdadeiro céu não é um espaço onde Deus pode ser contido, o verdadeiro céu é o coração de Deus. Lá conseguimos encontrar paz e sentiremos um gozo sem fim. Perpetuaremos as alegrias terrenas que são passageiras. Diante do Eterno gozaremos de sáude. O Absoluto preparou para nós os manjares celestias que matam a nossa fome. Somente lá o nosso destino encontrará plena realização.
Que o céu não seja uma fantasia pra nós, pelo contrário, seja " a esperança que o seu chamamento vos dá; qual a riqueza da glória que está na vossa herança com os santos, e que imenso poder ele exerceu em favor de nós que cremos, de acordo com a sua ação e força onipotente." (Ef, 1, 18 - 19)
Sem. Rafael Viana Lima
III ano de Filosofia, Seminário São José - RJ
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